Região – Ainda reflete em Campo Bom, Sapiranga e Nova Hartz a determinação judicial que impôs a interdição do abrigo O Bom Samaritano, no mês de novembro e que possui sua sede principal em Campo Bom.
Depois que a Administração campo-bonense assumiu a gerência do espaço, uma série de medidas foram colocadas em prática pelo secretário de Saúde, Jerri Moraes. Funcionários foram demitidos, mutirões de higiene foram realizados, além é claro, do fechamento de três unidades (um abrigo geriátrico, uma unidade feminina e uma terceira casa), todas localizadas na área central de Campo Bom.
O secretário Jerri Moraes revelou que das 200 pessoas que estavam internadas no abrigo O Bom Samaritano, 110 foram encaminhadas para municípios com os quais a antiga direção possui convênios. Entre os municípios estão Estância Velha, Ivoti, Soledade e Seberi. “Nossa meta é manter uma estrutura enxuta. Reduzimos as necessidades de logística de materiais e internos do Abrigo e tudo agora está concentrado na unidade em Quatro Colônias”, comenta.
Unidade de Nova Hartz funcionava sem qualquer tipo de autorização
Da mesma forma que ocorria em Sapiranga, a unidade do abrigo O Bom Samaritano, que funcionava até a semana passada à margem da lei, no Morro Canudos em Nova Hartz (próximo da Sociedade), foi fechada pela Prefeitura. Conforme o secretário da Saúde, Sadi Stein, quando os funcionários da Prefeitura chegaram ao local encontraram uma situação preocupante. “Eram mais de 17 pessoas, com diferentes problemas de saúde, juntas. No momento em entramos na área havia apenas um homem (que fazia o papel de chacreiro) cuidando do local”, revela o secretário Sadi.
Prefeito Faisal Karam destaca ações no abrigo em Quatro Colônias
Em entrevista, o prefeito, Faisal Karam, revelou que o ex-administrador, José Claudiomiro Tedesco, quando questionado por membros da Prefeitura, sempre informou que cuidava de 100 a 120 internos. “Quando assumimos percebemos que eram 150 no total na Unidade do Quatro Colônias”, comenta. Entre as medidas tomadas pela Prefeitura para qualificar o local está o conserto de cercas e grades (para evitar fugas) e a contratação de uma empresa de segurança. O prefeito espera que até março de 2015 a Prefeitura consiga resolver todas as inconformidades no Abrigo, comunicando o êxito das ações à Promotoria Pública.
Ele explica a situação
“Quando assumimos havia mais de 200 pessoas internadas nas unidades do Abrigo em Campo Bom. Hoje são 90 pessoas. Reorganizamos as roupas dos internos e a preocupação inicial da Administração sempre foi com o ser humano. Estamos em constante contato com a Promotoria Pública.” Jerri Moraes, secretário de Saúde de Campo Bom
