CAMPO BOM – Na sexta-feira (16), choveu em Campo Bom 209 milímetros. Esse foi o maior volume registrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no município desde que o acompanhamento começou a ser feito, em 1984. Todo esse volume ocasionou na elevação do nível do Rio dos Sinos, causando a enchente que deixou desalojados, desabrigados e levou o prefeito Luciano Orsi a declarar situação de emergência e estado de calamidade pública. O nível do Rio dos Sinos baixou e a cidade já trabalha nos reparos.
O Decreto Municipal nº 7.436/2023, em vigor desde sábado (17), tem validade de 180 dias (praticamente seis meses). O documento colocou todos os órgãos municipais à disposição da Defesa Civil para atuar em resposta à enchente e na posterior reconstrução dos locais afetados. “Isso se fez necessário por conta dos desalojados, desabrigados, para comunicar oficialmente que a situação não está normal, servindo como base para buscar recursos e ajuda humanitária para as famílias afetadas”, pontua Orsi.
O nível do Sinos chegou a 7,60 metros, às 17h do domingo (18), na ponte do bairro Barrinha, quase 5 metros acima do normal. Em razão da enchente, os bairros Barrinha, Porto Blos, Vila Rica, Operária e 25 de Julho tiveram ruas invadidas pela água. O número total de desabrigados foi 55 pessoas e cerca de 160 ficaram desalojadas. Já na sexta (16), o Ginásio Municipal foi preparado pela Prefeitura para receber os desabrigados.
Três escolas municipais tiveram aulas suspensas, Emei Princesinha e Emef Princesa Isabel, na Barrinha, e Emef Presidente Vargas, na Operária. Nas duas primeiras, as aulas ainda não foram retomadas. A prefeitura informa que, junto da Defesa Civil, segue trabalhando para garantir transporte aos ilhados nas regiões mais afetadas, além de água potável e cestas básicas.
Com o nível do rio em queda, 6,91 metros era a marcação das 16h desta quinta (22), já começaram também os trabalhos de limpeza e reconstrução dos locais atingidos pela enchente. Quem precisar de ajuda, deve entrar em contato com a Defesa Civil pelo telefone (51) 99631-4625.