Câmeras para Sapiranga podem vir do Judiciário

Desativadas há mais de dois anos, as câmeras de monitoramento em Sapiranga poderão voltar a funcionar, através de uma articulação entre o Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública de Sapiranga (Consepro) e Fórum de Sapiranga. A presidente do Consepro, Adriana Rost, está conversando com a juíza da Comarca, Paula de Mattos Paradeda, para que os recursos de multas pagas à Vara de Execuções Criminais (e que são depositados em uma conta específica), sejam destinados para a instalação de 17 novas câmeras de monitoramento no município.
No momento, Adriana Rost, trabalha na elaboração de orçamentos e trata de unir documentos para embasar o pedido. Tal medida, caso venha se concretizar, se tornará pioneira no Vale do Sinos. Seria a primeira vez que o Poder Judiciário contribuiria financeiramente para a instalação deste tipo de equipamento. No próximo mês, um encontro entre o Judiciário, o Consepro e as Polícias Militar e Civil deve ocorrer para tratar do tema. 
Atualmente, Sapiranga possui nove câmeras e todas estão desativadas.
Campo Bom e o que falta para operar
10 novos postes para câmeras
Foram instalados em pontos estratégicos na cidade 10 novos postes onde ficarão as câmeras, com 9 metros de altura cada. Essa colocação faz parte do projeto de expansão do programa de videomonitoramento na cidade e que prevê a implantação de mais 10 pontos no município. 
Vizualização de detalhes
As câmeras em alta definição (HD) possuem  ângulo de visão em 360 graus e resolução de 1.3 megapixels, contando com zoom de até 18 vezes, o que permite a visualização de detalhes das imagens captadas. O sistema deve superar em muito a tecnologia atual utilizada nas seis câmeras em operação em Campo Bom.
Qualidade terá salto em 300%
As atuais câmeras possuem tecnologia VGA (de baixa resolução). O novo equipamento possibilitará um melhor reconhecimento facial e de placas de veículos de suspeitos. A expansão do projeto de videomonitoramento aumentará em mais de 300% a capacidade de monitoramento da cidade.
Câmeras de alta tecnologia
Enquanto uma câmera de monitoramento analógica conta com resolução de 480 linhas horizontais, a digital conta com 1080 linhas. Para a transmissão das imagens, parte do sistema de câmeras será conectado à central por meio de cabeamento óptico e outra parte, por sistema de transmissão por rádio. 
Pontos que receberão as novas câmeras
Novas câmeras ficarão na Av. Brasil x Av. Adriano Dias, Av. Brasil X Av. Rio Grande do Sul, Av. Brasil x Av. São Leopoldo, Av. dos Estados x Av. Adriano Dias, Av.  dos Estados x Av. Independência, Av. João XXIII x Av. Kennedy, 
Av. Paraná x Rua 17 de abril, Av. São Leopoldo x Rua Pastor Frederico, Rua 12 de Outubro x Rua Carlos Cerino Feltes, Rua General Gealzer Neto x Rua Paulista e Feltes.
Araricá
O pórtico de acesso à Araricá receberá ainda este ano uma câmera de vigilância, devido aos diversos atos de vandalismos que ocorrem há anos no local, inclusive  tendo as portas  do monumento arrombadas. A Secretaria de Planejamento Urbano já está orçando o projeto com empresas.
Na prefeitura do município há outra câmera de monitoramento, que em caso de crimes ajudará na identificação dos autores.
Major destaca
O major da Brigada Militar de Sapiranga, Adriano Zanini, destaca que é muito importante o município retomar este tipo de monitoramento. “Em Taquara, por exemplo, se buscou uma verba no governo federal para monitorar eletronicamente as áreas mais vulneráveis do município”, revela o major. Outra opção para Sapiranga é buscar apoio federal para o monitoramento.
Sem camêras desde 2012
A última ativação das câmeras em Sapiranga ocorreu em 2012, quando o ex-prefeito, Nelson Spolaor (PT) repassou R$54,7 mil, sendo R$30 mil vindos da Brigada Militar, que abriu mão do pagamento da prestação de serviços na Festa das Rosas de 2011. Porém, faltou dinheiro para a manutenção, que teria um custo mensal de R$2 mil, e logo as câmeras foram desativadas.
Prefeita reconhece
Em diferentes momentos, a prefeita, Corinha Molling, ressaltou a importância de ver o sistema de monitoramento reativado. Em entrevistas ao Jornal Repercussão, ela demonstrou preocupação e disse estar em diálogo constante com a presidente do Consepro, Adriana Rost, para tentar ajudar no reativamento do sistema de monitoramento. Não está descartada uma contribuição da Prefeitura.