Câmeras de monitoramento serão reativadas em Sapiranga. Novidade foi anunciada em audiência pública nesta sexta–feira

Uma excelente notícia para a comunidade sapiranguense: as câmeras de monitoramento da cidade, desativadas há mais de dois anos, voltarão a funcionar. E o melhor, ao invés das nove câmeras que existiam, agora serão 17 novos equipamentos, com tecnologia Full HD. 
O Jornal Repercussão já havia antecipado essa informação na edição do dia 10 de abril de 2014, em matéria que trouxe o título “Câmeras para Sapiranga podem vir do Judiciário”. 
 
A notícia da reativação das câmeras foi dada em audiência pública realizada na tarde desta sexta-feira (16), no auditório da Secretaria Municipal de Educação, em Sapiranga. O tema do encontro, promovido pela Prefeitura, Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública de Sapiranga (Consepro) e Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Sapiranga (ACISA), foi a segurança pública da cidade e o alto índice de criminalidade neste início de 2014.
Para Adriana Rost, presidente do Conselho Comunitário Pró-Segurança Pública de Sapiranga (Consepro), a notícia da reativação é animadora. “A verba para a instalação das câmeras virá do Poder Judiciário, que em nome da juíza titular da Comarca de Sapiranga, Paula de Mattos Paradeda, sensibilizou-se com a crescente criminalidade no município. Foi uma articulação em conjunto, do Consepro e da prefeita Corinha”, frisou Adriana, que ainda disse desejar que em 90 dias as câmeras já estejam funcionando na cidade.
A presidente do Consepro garante que os 17 locais serão escolhidos juntamente com a Brigada Militar, Polícia Civil e Poder Judiciário.
Os investimentos para reativação das câmeras devem se aproximar dos R$200 mil. A juíza Paula de Mattos Paradeda garantiu durante a audiência que o valor já está na conta do Judiciário, aguardando apenas pequenos trâmites burocráticos. 
Conforme o comandante da Brigada Militar, Major Carpes, a conquista facilita o trabalho da corporação. “As câmeras são uma ferramenta imprescindível. Nosso trabalho será muito reforçado com esses equipamentos”, frisou.
Audiência lotou auditório da SMED
Com a presença de autoridades políticas, representantes das forças de segurança de Sapiranga, membros do Poder Judiciário e comunidade em geral, o encontro lotou o auditório da SMED.
A juíza da Comarca, Paula de Mattos Paradeda ressaltou o intenso trabalho da Polícia Civil e da Brigada Militar (BM) em Sapiranga. “A justiça não deve ser feita com as próprias mãos. A comunidade deve confiar no nosso trabalho junto com o da BM e da Polícia, pois estamos aqui para cumprir isso”.
Já o comandante da Brigada Militar, Major Marcelo Carpes, frisou: “Precisamos que a comunidade seja participativa e denuncie os crimes e os pontos de venda de drogas para que ajudem na ação do nosso trabalho. Dói ouvir que falta segurança pública, mas mesmo com nossas deficiências, nós não desanimamos no nosso trabalho”.
“As autoridades de segurança devem se unir, pois podemos corrigir nossas deficiências se unirmos as mãos. Não se pode dizer que não temos problemas com a segurança pública, pois se eles não existissem nós não estaríamos aqui”, disse o presidente da Acisa, Luiz Paulo Grings.
A prefeita da cidade, Corinha Molling, foi enfática. “Essa cidade tem lei e tem dono, e somos todos nós. Juntos temos que mudar alguma coisa, pois não podemos conviver com o medo”.
“Somos os responsáveis por salvar e preservar vidas. Falhas existem, mas o nosso telefone está 24 horas por dia disponível para atender as ocorrências e precisamos que a comunidade denuncie”, frisou Major Falção, do Corpo de Bombeiros.
O delegado da Polícia Civil de Sapiranga, Ernesto Clasen, frisou que das doze pessoas mortas em Sapiranga neste ano, pelo menos dez tem antecedentes criminais. “Fazemos o que está ao nosso alcance para diminuir a violência, mas faltam servidores na Delegacia de Polícia”, enfatizou.
Um documento deve ser elaborado pelas autoridades presentes e entregue ao Governador Tarso Genro.