Câmara de Nova Hartz aprova reajuste para o funcionalismo e rejeita moção sobre previdência

Nova Hartz – Em sessão nesta semana na Câmara de Vereadores, foram aprovados duas propostas de autoria da Prefeitura. A primeira delas é a que estabeleceu a reposição inflacionária de 4,67% dos vencimentos dos servidores públicos, além do aumento real de 0,33%, totalizando 5% no salário dos servidores públicos. As leis seriam votadas em caráter extraordinário na semana passada, mas em razão de não existir prazo hábil, acabou agendada para apreciação nesta semana e foi aprovada por todos os vereadores. O vale-alimentação passou para um valor único de R$ 450,00.

Neiva Scherer (MDB), explicou que na semana anterior, ocorreu uma assembleia e por ampla maioria, os servidores aceitaram a proposta da Prefeitura. Por sua vez, Rosa Leães (PT), reforçou que o projeto apreciado nesta semana é uma recuperação das perdas dos trabalhadores no último ano.

Paralelamente à votação do funcionalismo, sindicalistas e membros de entidades sociais se mobilizaram para acompanhar a apreciação de uma moção contra a atual proposta da reforma da previdência, e que está em tramitação na Câmara dos Deputados, em Brasília. De autoria de Rosa Leães, a rejeição da proposta foi defendida por um sindicalista ligado ao Sindicato dos Sapateiros de Sapiranga.

Segunda Votação Contrária

Há cerca de um mês, a vereadora Rosa Leães, já havia protocolado uma moção de repúdio contrária à privatização das estatais do Rio Grande do Sul (CRM, SulGás e CEEE, Corsan e CRM). Nesta semana, em nova moção, mas com o tema da previdência, novamente a vereadora foi voto vencido e viu sua indicação derrubada pelos demais colegas.

Vereadores comentam

Juliano Borges Peres, Progressistas

“A reforma é algo essencial, necessário e indispensável. Com certeza, o próprio governo do PT sabia dessa necessidade. É claro que por questões ideológicas e partidárias, não tiveram coragem de fazê-la. É claro que existem ajustes e avaliações rigorosas que devem ser feitas com essa reforma para não prejudicar aqueles que mais precisam da previdência social. Por isso ela vai tramitar por 40 sessões e vão avaliar e depois vai para o plenário. Vai ser feita uma polida nessa reforma para o trabalhador não sair prejudicado e isso é essencial para o crescimento do país.”

 

 

 

Jamir Pelicioni, presidente da Câmara

“Os deputados do meu partido, o PSB, fecharam questão, em Brasília, e os 33 votarão contra a reforma da previdência. Deputados que colocaram recurso em Nova Hartz terão posição diferente. Sempre o penalizado é o trabalhador. Precisamos respeitar a luta e quem tem posição. Político tem que ter posição. Muitos partidos, em Brasília, são pelo negócio. Tem deputados recebendo proposta de R$ 40 milhões para votar a reforma.”

 

 

 

Nelson Bauer, PDT

“A reforma da previdência é necessária, mas não do jeito que está. Só estão castigando ainda mais o pequeno. É necessário atingir os grandes e os altos salários”.