Brigadiano de Nova Hartz salva a vida de bebê que estava engasgado e família mostra gratidão

Nova Hartz – A vida é repleta de superação e nos momentos de dificuldades aparecem verdadeiros anjos da guarda. Na madrugada da segunda-feira (17), o soldado Peter Caetano Domingues, 29 anos, cumpria o plantão na sala de controle do quartel da Brigada Militar, quando por volta das 2 horas, presenciou um veículo se aproximando em alta velocidade.

Por ofício, Domingues ficou esperto e pensou por segundos que podia ser uma emboscada. Mas, quando escutou os primeiros gritos e pedidos de socorro, logo constatou que se tratava de um outro tipo de ocorrência: era a pequena Lorena Pereira dos Santos, de apenas 25 dias, que estava engasgada com o próprio vômito: “Imediatamente, abri o portão do quartel, percebi que a mãe estava com o bebê no colo, coloquei a recém-nascida de bruços no meu braço e iniciei o procedimento de massagem nas costas da Lorena. Ela estava bem vermelha e após menos de um minuto, consegui a manobra de desengasgue”, relembra o policial militar. Morador de Araricá, o soldado Domingues é natural de Herval do Sul e está há pouco mais de um ano atuando no videomonitoramento dos dois municípios.

Iniciativa foi fundamental e salvou a vida da recém-nascida, outros soldados auxiliaram

Antes mesmo de iniciar os procedimentos que salvaram a vida de Lorena, o soldado Domingues comunicou via rádio, que necessitava do apoio dos colegas soldados Denian e Riva, que estavam no policiamento naquela madrugada: “Posteriormente, eles acompanharam a Lorena até o Posto de Saúde Central”, comenta.

Reencontro nesta semana

Após o tenso episódio, Domingues e a família não haviam se reencontrado. Na quarta-feira (19), a mãe de Lorena, Luciane OIiveira Pereira, 34 anos e o esposo, Joacir dos Santos, 47 anos, foram agradecer a eficiente prestação de primeiros socorros prestada naquela madrugada: “Vivemos todos os dias pequenos milagres e esse foi um grande milagre”, avalia Luciane.

Rotina normal foi alterada após constatação que a bebê estava sem respirar

Gerente de uma farmácia no município, Luciane explicou que Lorena mamou na noite anterior até próximo da meia-noite: “Colocamos ela para digerir o leite e colocamos ela no carrinho de bebê. Por volta da 1 hora da madrugada eu acordei e percebi que ela estava respirando com dificuldade. Instantes depois, percebi que no nariz dela havia vômito, imediatamente, percebi que era uma situação anormal e que ela estava sufocada. Falei para o meu esposo que precisávamos deslocar para um médico e saímos em desespero. Cheguei a tentar a manobra de desengasgue, pois eu fiz várias vezes em cursos, assisti vídeos na internet, mas o fator emoção pesou de mais e complicou minhas reações”, relembra a mãe.

Brigada Militar foi o porto seguro

Do sítio da família até o quartel da Brigada Militar são cerca de 200 metros. Mas, para a mãe Luciane e o pai Joacir, foi uma eternidade o deslocamento: “Tentamos ainda algumas manobras orais, sem sucesso. Nos pareceu, no carro, que era uma hora da nossa casa até a Brigada Militar. Chegamos gritando por socorro, e graças a Deus, o soldado nos auxiliou. Entreguei a minha filha e pedi à Deus, que tivesse misericórdia, e graças a Deus, o soldado trouxe ela de volta para nós”, conta Luciane, ainda emocionada: “É muito bom a sociedade contar com pessoas preparadas e prontas para nos proteger em todos os casos. A ação dele foi imprescindível”, opina.

Experiência ajudou

Em 2016, quando atuava em Novo Hamburgo, Domingues efetuou um salvamento semelhante por telefone: “Em 2016, estava na sala de controle e recebemos uma ligação de uma mãe solicitando apoio. Naquela oportunidade também pude ajudar decisivamente”, conclui o policial, que está há oito anos na Brigada Militar.

Foto: Deivis Luz.