Brasil tem crescimento de casos da Monkeypox; região permanece estável

Região – O Brasil está entre os países com mais casos de Monkeypox (ou varíola dos macacos) no mundo. Segundo o último levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o país ocupa o 4º lugar em número de contaminações. Felizmente, a taxa de letalidade da doença é baixa, até agora são duas mortes confirmadas.

No Rio Grande do Sul, conforme comunicado oficial da Secretaria de Saúde, em 31 de agosto, são 98 casos confirmados e 324 em investigação, nenhuma morte registrada.
As informações desencontradas têm sido um empecilho para o controle da contaminação. Ainda não há um grupo de risco definido pelas autoridades de saúde, então não existe um perfil oficial de pacientes. Outra informação importante é que a doença de 2022 não está ligada aos macacos, o nome vem da origem africana na identificação do tipo de vírus, ainda nos anos 1970.

Esclarecimentos são aliados
Um programa de combate efetivo e com informações mais precisas é o que defende o Dr. Fernando Spilki, professor titular e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Universidade Feevale, mestre em Virologia Animal e doutor em Genética e Biologia Molecular.
“Esclarecer mais questões, como desmistificar a história dos macacos e orientar o isolamento de quem identificar sintomas, pode fazer a diferença”, explica. “Já está claro que não teremos um surto do nível que aconteceu com a Covid-19, e a letalidade tem sido pequena, mas deveria, sim, se ter mais cuidado e atenção com uma doença que estava confinada em determinado território e se espalhou com grande rapidez”, e conclui: “Em alguns países, já há certa estabilização, mas na América do Sul, o Brasil e o Peru, ainda estão com uma curva em crescimento”.


Casos estão controlados

Na região, quatro cidades tiveram casos confirmados de Monkeypox, todos no mês de agosto. Conforme informações das secretarias de Saúde de cada município, até a quarta-feira (31), Campo Bom tinha 2 casos confirmados, 4 negativados e 1 suspeito; Sapiranga teve 1 confirmação e o paciente já retornou às suas atividades de rotina, outros 10 casos suspeitos foram negativados; em Igrejinha, são 3 casos confirmados e, no momento, nenhum paciente sob suspeita; Parobé também teve 1 confirmação e 1 caso ainda está sob monitoramento da Secretaria de Saúde.
Todos os 7 pacientes infectados pela Monkeypox na região permanecem recebendo atenção médica para monitoramento e a maioria teve sintomas leves.

Atenção com os sintomas
O vírus pode entrar no corpo por lesões da pele, pelo sistema respiratório, olhos, nariz e boca. Depois da infecção, leva-se geralmente de 5 a 21 dias para os sintomas surgirem, estes tendem a desaparecer em três semanas.
“O tipo de lesões e sintomas dessa doença permite que a atenção seja redobrada, e que mesmo antes de buscar o médico a pessoa infectada já tem uma ideia, já percebe que há algo errado. A orientação é sempre buscar o atendimento médico, mas o isolamento simples já é uma medida que ajuda a diminuir os contágios”, orienta o Dr. Fernando Spilki.