Bombeiros Comunitários de Sapiranga buscam auxílio financeiro para suas atividades

Bombeiros Militares e BComs dividem o mesmo quartel. Foto: Sd. Domingues .

Sapiranga – Talvez poucos sapiranguenses saibam, mas a cidade também possui um corpo de bombeiros voluntários. Na verdade, a nomenclatura correta é bombeiro comunitário (BCom), como explicam o soldado Kleber Domingues Silveira e o BCom Marcelo Viana. Em Sapiranga, os Bombeiros Comunitários estão presentes há pelo menos dez anos, atuando em parceria com o Corpo de Bombeiros Militares do município. As ações dos BComs são realizadas sob tutela dos bombeiros militares, que coordenam os atendimentos e demais serviços.

Por serem voluntários, não recebem ajuda de custo de instiuições públicas, assim, precisam arcar com os gastos das necessidades mais básicas, como uniformes, alimentação, transporte, além de seguro de vida e exames semestrais. Inclusive, nos próximos dias, a Corporação realizará um pedágio, para levantar verba. Ainda, para facilitar o custeio, através de doações e parcerias, o Corpo de Bombeiros Comunitários de Sapiranga está formalizando uma associação, para que possam, com o CNPJ, receberem verbas privadas. Além disso, com a associação, os bombeiros esperam que mais pessoas possam fazer parte da corporação de voluntários.

Processo para ser um Bombeiro Comunitário

No quartel sapiranguense, há uma cultura de preservação dos BComs, pois sendo voluntários exercem outros trabalhos com os quais sustentam a si e sua família. O BCom Marcelo Viana, que há 30 anos auxilia bombeiros de forma voluntária, explica que antes da ida às ocorrências, o bombeiro comunitário precisa realizar um curso de 90 horas e um estágio de 300 horas. Tanto Viana, quanto Domingues convidam aos interessados em serem BComs a participarem do curso de formação, que deverá ocorrer ainda na metadade deste ano.

O processo passa pela inscrição, entrevista onde é apresentado para o candidato o perfil e as necessidades da corporação, teste físico, exames médicos e contratação do seguro de vida, curso de 90 horas com instrutores militares e o estágio de 300 horas. O curso é gratuito e destinado a moradores de Sapiranga. Domingues ainda ressalta que o quartel sapiranguense conta com alojamento e espaços destinados as bombeiras, afirmando que admitem mulheres interessadas em serem BComs.