Aviação teve destacado papel em Sapiranga e deixa lembranças

Sapiranga – O aeroclube de Sapiranga foi fundado em 31 de março 1958, por um grupo de moradores. O local, que hoje não está mais em funcionamento, sempre foi mantido através da colaboração da comunidade e da prefeitura. Sem licença para operar, o aeroclube está interditado desde 2003 pela aeronáutica.

De acordo com Rudi Schmitt, que assumiu o cargo de presidente em 29 de abril de 1974 e atuante na sociedade desde a fundação, os aviões eram cedidos pelo governo federal para a prática dos alunos. “Tínhamos aviões de pequeno porte para duas ou três pessoas”, lembra. O aeroclube oferecia cursos completos de teoria e prática para pilotos que desejavam tirar o prevê. “Infelizmente, não temos mais isso aqui na cidade. Nós já tentamos reativá-lo, porém é muito complicado”, lamenta Schmitt.

A pista do aeroclube tem 800m de extensão por 30m de largura. De acordo com Rudi Schmitt, mesmo que o local não esteja licenciado para pousos e decolagens, está em boas condições, principalmente a pista. “O que dificulta a manutenção é a falta de renda. Nunca tivemos uma receita fixa. Temos que resgatar esse espaço que foi muito usado pelos sapiranguenses”, afirma.

O  espaço que foi usado como escola, passeios panorâmicos e também para o clube de paraquedismo 

O Aeroclube de Sapiranga foi berço de muitos pilotos que se aventuraram no seu primeiro voo. Além disso, o local era usado pelo clube de paraquedismo. Os paraquedistas saltavam dos aviões que decolavam da pista. “Milhares de pessoas frequentavam o local”, recorda Rudi Schmitt. O aeroclube recebia a comunidade sapiranguense e de cidades vizinhas. “Ocorriam festas na cidade, onde era trazido um avião de um porte mais elevado para fazer voos panorâmicos pelo município” comenta.