Campo Bom – Uma semana após a tormenta de 90 milímetros que atingiu o Vale do Sinos, duas famílias proprietárias de residências na Av. Brasil, esquina com a rua Treze de Maio, ainda limpavam pátios e móveis. A aposentada Lourdes Habigzang, 77 anos, e Ruy Regis Orsi, 60 anos, abriram suas casas para o Repercussão conferir os estragos. E não foram poucos.
Dona Lourdes presenciou o interior da sua residência ser invadido por uma água barrenta e suja. Com a ajuda da sua irmã, Sonia, na terça-feira (10) ainda lavavam utensílios domésticos. “Geladeira, máquina de lavar e até o alarme da casa estragaram”, conta, desiludida.
Na casa de Ruy Orsi as consequências foram ainda maiores. “Três carros ficaram com água até a porta. Uma moto também foi atingida. Além disso, o muro da divisa com a Ramarim (loja de calçados ao lado da sua casa) caiu. Agora terei que gastar com pedreiro, e nessa época do ano é mais caro”, aponta.
Causas e problemas
Para os moradores atingidos, as razões são uma só: falta adequar a drenagem pluvial em frente às residências. Dona Lourdes disse que está `acostumada` com a água invadindo o pátio do local onde mora. “Tivemos reuniões no passado com a Prefeitura, mas até agora, não fizeram nenhuma intervenção”, conta.
O secretário de Obras e Serviços Urbanos, Nírio Breuning, disse que o ponto onde moram Lourdes e Ruy, fica em um local mais baixo, facilitando o acúmulo de água. Outro fator que favoreceu a inundação na esquina do antigo Unidão, foi o entupimento (por sujeira) de uma boca de lobo. “Temos projetos de uma galeria para aperfeiçoar a rede do local, mas não há prazo para intervenção no trecho”, disse.
Responsável pela Secretaria de Obras, Nírio conta que ocorreram problemas em diversos locais e que esta semana vem sendo aproveitada para consertos e reparos.
Questionada, a Prefeitura de Campo Bom não respondeu (até o fechamento desta edição) de que forma os moradores devem apresentar suas reivindicações de ressarcimento de eventuais danos causados pela rede de drenagem da Av. Brasil.
