Autônomos destacam o Natal

Sapiranga/Nova Hartz – O final de ano é marcado pelas festividades natalinas, momento em que as pessoas dedicam parte de seu tempo para comprar uma lembrança ou presente para familiares e amigos.
O movimento não se resume as lojas com um local fixo e que ficam o ano todo abertas para os consumidores. O período agrega outros trabalhadores, que buscam nesta época de festas e encerramentos para vender os seus produtos.
A reportagem do Jornal Repercussão foi às ruas mostrar quem são essas pessoas que fazem do natal um momento especial. 
Geraldo Alves da Rosa (quadro ao lado) vendedor ambulante de redes e outros tecidos, comenta que muitas pessoas aderem ao trabalho de vendedor em sua terra natal. “É uma tradição lá. Se você passa em 20 casas aqui, 18 tomam chimarrão. Lá, 18 vendem rede” frisa Rosa.
As dificuldades são muitas durante a viagem. O transporte até chegar ao Sul do país é variado. Ônibus, caminhão e até avião. “Quando achamos uma promoção boa, viemos de avião”, comenta Rosa. A maior dificuldade para o paraibano é ficar longe da família nesta época do ano.
Quem também decidiu levar às ruas o seu produto foi Rafael dos Santos (mais conhecido como o Alemão do Churros). Ele largou o emprego na indústria calçadista e passou a se dedicar apenas, à venda de churros. “O natal é um período bom, Desejo felicidades a todos”, diz.
Vendedor há mais de 20 anos, Geraldo Alves da Rosa, 44 anos, mora em São Bento da Paraíba, mas viaja o Brasil vendendo mantas, panos de cozinha e rede. O tecido é feito na máquina e o acabamento a mão. O Rio Grande do Sul é o destino há nove anos do vendedor. Este é o sexto ano que vem para Sapiranga. “Chegamos no início de novembro e vamos embora só em março”, relata Rosa. São cinco meses no RS para vender os materiais. O trabalho não exige um horário fixo. “Trabalho em média oito a nove horas por dia. Tenho alvará e está tudo ok”, revela. Depois de um período na cidade, o grupo de 30 vendedores que Geraldo Alves da Rosa acompanha, ruma ao litoral norte do Estado. Seu paradouro é Arroio do Sal e Areias Brancas. Lá, ele pretende prosseguir as suas vendas. 
Churros do Alemão é garantia de sabor no Natal
A simpatia de Rafael Alexandre dos Santos, 30 anos, é contagiante. Dono de uma van, ele percorre os municípios de Nova Hartz, Parobé e Araricá vendendo uma guloseima irresistível: o churros. Após trabalhar na indústria calçadista, onde recebia pouco mais de um salário mínimo, decidiu abrir o próprio negócio. “Tenho alvará e a inspeção sanitária, tudo certinho”, destaca. Para 2014, ele espera expandir o negócio para outro município: Igrejinha. Alexandre vende entre 200 a 300 churros todos os dias, em uma jornada de trabalho que encerra depois que o sol se põe. Morador do bairro Campo Pinheiro (Nova Hartz), ele também procura fazer o bem. “Em Parobé, no bairro Caique, tem uma criança humilde que costumo presentar com um churros toda vez que passo no região”, revela.