A autoestima dos sapiranguenses cresceu

Sapiranga – O bom momento da Administração reflete a felicidade da prefeita, Corinha Molling. Com números significativos na área do desenvolvimento econômico, com geração de emprego e manutenção de grandes indústrias, Corinha chega para a edição 2017 da Festa das Rosas com o sentimento de ter colocado o município no eixo, mas com o espírito de que é possível fazer ainda mais por Sapiranga.

Às vésperas da 34ª edição – a terceira consecutiva com entrada gratuita – Corinha Molling recebeu o Repercussão para contextualizar ações da administração e avaliar o que ainda necessita avançar no âmbito local e regional.

Confira a entrevista concedida ao Repercussão

Jornal Repercussão – O Morro Ferrabraz é um dos principais símbolos de Sapiranga. Acredita que o horário de visitação é o caminho para futuros investimentos?
Corinha Molling – É o caminho, mas precisamos avançar muito mais. Trata-se de uma primeira fase, um pontapé inicial que precisamos dar. Em outras oportunidades, pintamos e recuperamos parte da estrutura do local e os vândalos estragaram em seguida. Temos que fazer algo pela preservação. Só o que não podemos é impedir as pessoas de acessarem o Morro. Não podemos simplesmente barrar o acesso. É preciso ter uma maneira de regrar isso, e a AGVL é quem deve cuidar disso, como ocorre em Nova Petrópolis, por exemplo. Hoje, a administração do local é responsabilidade da associação.

Jornal Repercussão – Existem reclamações sobre a segurança no local. O que a prefeita tem conversado com os órgãos de segurança?
Corinha Molling – Nossa Guarda de Trânsito atua na abordagem de veículos no local. Mas não dá para cuidar só daquela região. Temos uma cidade inteira para administrar. Temos ações integradas entre Brigada Militar, Conselho Tutelar e Guarda de Trânsito no local, mas não é algo que se dá para fazer sempre. Recentemente, instalamos iluminação no acesso ao Morro. É preciso que a população entenda que existem leis e que precisamos fazer as coisas no seu lugar, não podemos fazer de qualquer jeito. Estamos empenhados neste tema e avançando.

Jornal Repercussão – O que a prefeita acredita que será possível fazer até o fim do seu mandato no aspecto do Morro Ferrabraz?
Corinha Molling – Já existem encaminhamentos que estão sendo alinhavados. Mas, agora, nesse momento, ainda são tratativas. De 2013 a 2016, arrumamos a casa. Disse que a saúde e a educação eram prioridade. Hoje, para melhorar essa parte do turismo e do Morro Ferrabraz, tenho que ter contrapartida. Não posso chegar de mãos vazias. E, para isso, tem que se ter dinheiro para fazer. Estamos avançando nisso e iniciando tratativas do asfalto até o topo do Morro, através do Governo Federal. E vale destacar que o Morro Ferrabraz não gira só em torno do voo livre. Tem o contexto histórico dos Mucker e da Jacobina, além de outros esportes radicais. Temos que pensar no todo. E é esse avanço que queremos. Temos que pensar que o Ferrabraz pode e deve oferecer uma estrutura turística, com hotel e restaurante. Tudo isso tem que acontecer e estamos caminhando para deixar muita coisa pronta. O problema é que desenvolver o turismo é algo que precisa de tempo e estudo para se desenvolver.

Jornal Repercussão – O transporte público ainda apresenta carências. Qual a perspectiva sobre este tema?
Corinha Molling – Esta é uma questão de honra. Prometi e vou cumprir. Fizemos edital e as empresas não se interessaram. A nossa passagem era a de custo menor da região. Com esse preço, nenhuma empresa demonstrou interesse. Agora, temos o que oferecer. Vamos cobrar das empresas qualidade, prazo de vida dos ônibus, ar-condicionado e acessibilidade. Enfrentamos dificuldade com a gratuidade excessiva. Tudo isso estava muito solto e as empresas reclamando. Tivemos que fazer certinho, através da Câmara de Vereadores, para poder lançar um novo edital e podermos oferecer um transporte de qualidade para a população. Se possível o edital será lançado esse ano. Tem toda uma burocracia para se fazer o edital, mas gostaria que as pessoas tivessem acesso ao projeto ainda em 2017.

Jornal Repercussão – Conforme o CAGED, a Administração tem obtido bons índices no aspecto da geração de emprego. Quais os fatores que contribuem para este cenário?
Corinha Molling – Tudo é feito com muita responsabilidade e de maneira muito centrada, com os pés no chão. Só anunciamos fatos concretos quando está tudo alinhavado e pronto. O País enfrentou uma grande crise, mas a Prefeitura conseguiu, através de um bom planejamento, driblar esta crise. O Distrito Industrial já tem muitos interessados. As negociações com as empresas ocorrem com muita responsabilidade e sabendo até onde podemos ir, para depois não passar pela vergonha de anunciar e não cumprir. É uma conquista quando conseguimos atrair a empresa, ou quando não perdemos nossas empresas para outros municípios, ou ainda quando as que estão aqui decidem ampliar suas unidades e a produção. Os empresários nos confessam que temos a fama de prometer e cumprir. Isso é responsabilidade.

Jornal Repercussão – É possível perceber que os canteiros e praças estão recebendo atenção especial. O que a prefeita tem exigido da equipe de secretários e servidores?
Corinha Molling – Sempre pedi e peço muito dos secretários e funcionários que tenham respeito com o cidadão, que atendam bem, que digam a verdade. Vejo que a autoestima das pessoas melhorou, associado isso ao espírito de cooperação. A Administração conseguiu mostrar que a cidade não é da prefeita, é das pessoas. E as pessoas entenderam. O Município começa na casa das pessoas, na rua onde moram. A cidade melhorando com os asfaltos, com arborização, infraestrutura bonita, pintando o cordão da calçada, colocando flores, provoca a mudança de espírito nas pessoas. E esse espírito da cidade melhor e mais bonita parte da Administração. Só que as pessoas também têm que entender que fazem parte dessa realidade, e devem amar a cidade onde moram. Vejo que o exemplo do trabalho e da transparência da administração está dando certo. As pessoas estão percebendo que a Administração está prometendo e fazendo. As pessoas se alegram, a autoestima vai melhorando, assim como a cidade como um todo.

Jornal Repercussão – Existia um clima de pessimismo no início da sua gestão, de que tudo estava perdido. A prefeita percebia isso também?
Corinha Molling – Nunca perdi as esperanças que melhoraria. Hoje, vejo a alegria das pessoas e tudo que prometemos estamos cumprindo. Transmitimos para a população que ela pode confiar em nós. Basta andar pela cidade para ver. Diziam que iríamos parar tudo depois da eleição. A cidade não parou. O Estado parou, alguns municípios pararam, o Brasil está parado. Mas Sapiranga está prosperando porque não parou em momento algum. Não parou antes da eleição, tampouco depois da eleição. Simplesmente fomos fazendo. Não houve afobamento para fazer até a eleição. As coisas estão ocorrendo de acordo com o nosso planejamento e planilhas. E isso foi difícil da população acreditar e entender. O que me inspira e me deixa mais feliz é ver esse espírito de cooperação com a cidade. Não tem magia, tem gestão. É enxugar a máquina e cuidar bem do dinheiro público. Temos que cuidar bem das coisas públicas, assim como cuidamos das nossas casas. A cidade é de todo mundo.

Jornal Repercussão – Este é o terceiro ano seguido com entrada gratuita na Festa das Rosas. O que a Prefeitura solicitou ao grupo que organiza o evento?
Corinha Molling – A Festa das Rosas é uma festa popular e temos que promover ela de uma maneira que as pessoas se sintam bem e usufruam dela. Ouvir o que as pessoas querem ver, o que as pessoas querem da festa, fazer uma festa não para a Administração, e sim para a comunidade. É preciso cuidar para que tudo seja feito com transparência e com segurança para as mais de 100 mil pessoas que devem passar pela Festa. Fizemos uma boa parceria com a Brigada Militar, pois sem isso as pessoas não se sentem totalmente seguras. Esperamos que todos cooperem, que façam a sua parte. Cada funcionário e secretaria faz parte da nossa corrente. Estar bem informado, orientar os visitantes, cada um deve saber bem a sua parte. Tratar bem as pessoas, com educação. Pretendo, até o fim do mandato, que a população participe ainda mais da organização da festa. Gostaria de ver mais voluntários na organização. Isso ainda não conseguimos, mas temos a expectativa que isso ainda irá mudar.

Jornal Repercussão – A Prefeitura tem apoiado a reforma do prédio da Delegacia da Polícia Civil. Qual a importância desta iniciativa?
Corinha Molling – Realmente não podemos esquecer o trabalho do delegado Fernando Branco e sua equipe. Com agilidade eles estão colocando os criminosos na cadeia. Eles possuem meta e identificam os autores dos delitos/crimes rapidamente. Por isso, temos que auxiliar no que é possível. O prédio da Polícia Civil é da Prefeitura, e através de uma ação conjunta com o Consepro, melhoramos a estrutura do local. A Delegacia de Sapiranga é destaque no Estado. Não existe outra tão bonita e organizada. Com a mão do Consepro, pessoas doaram valores e a Prefeitura foi parceira. As pessoas precisam trabalhar em um lugar digno para que os funcionários e quem procura o serviço se sintam bem. Na delegacia circulam mulheres, crianças e pessoas de idade. Precisam de um atendimento digno. O órgão é do Estado, mas o prédio é da Prefeitura. Tudo acontece nos municípios. O gestor tem que ter boa vontade para olhar isso. O governador está longe, o presidente está longe daqui. Quem está perto é o prefeito(a) e tudo começa pelo município.

Jornal Repercussão – No início de 2017, a prefeita assumiu o desafio de presidir a Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (AMVRS). O que ficou de aprendizado?
Corinha Molling – A AMVRS foi um grande exemplo para mim. Além de ser prefeita, aprendi que uma andorinha só não faz verão. Tua voz soa mais forte se estiver unida. Nós, prefeitos, temos que dar o exemplo da boa vontade para trabalhar. Não podemos ter preguiça. Temos que ser transparentes e à serviço da comunidade. Pensar que o nosso município é forte e só continuará sendo forte se conseguirmos desenvolver o espírito de cooperação do munícipe. Ninguém é uma ilha, não se vive sozinho dentro de um município. E não se vive sozinho também dentro de uma associação.
Não se faz município forte sem os nossos adolescentes terem a oportunidade de estudar e trabalhar. Nossa juventude precisa ter oportunidade de estudo e de trabalho. Embora a Administração não consiga fazer tudo, precisamos ofertar algo para nossa juventude se sentir inserida na comunidade e ter oportunidade. Sem isso, não vejo desenvolvimento do município.
Hoje o país, estado e município precisam olhar para os nossos empresários. É eles que fazem, através do seu esforço e da sua coragem, o desenvolvimento do município. É na mão deles que está o desenvolvimento e de quem gera emprego. Temos que ter planejamento para isso. Se não ajudarmos as empresas, a comunidade será prejudicada. É muito triste um município que não tem emprego para oferecer ao seu trabalhador. Sapiranga está se sobressaindo. Além de ter esse olhar e essa ajuda para as empresas, entendo que nossos empresários também são corajosos e bom gestores, senão não estariam de pé nessa recessão toda.

Jornal Repercussão – O Parque do Imigrante tem passado por uma qualificação nos últimos anos. Qual a importância de investir no Parcão?
Corinha Molling – Há pouco tempo, fizemos toda a instalação das lâmpadas LED no Parque e vamos iluminar muito mais lá. Se puder manter uma vigilância terceirizada, vou fazer. Tem a verba conseguida através de emenda do deputado Renato Molling, que nos auxiliou a erguer este grandioso Skatepark, com a pista coberta da modalidade bowl e a de street. E tem ainda a quadra poliesportiva, que teve emenda do deputado João Derli, e a contribuição do Ministério Público, através do promotor Micael, que fez um termo de ajuste para uma compensação ambiental, que possibilitou a revitalização de algumas áreas do Parque do Imigrante
Em breve teremos, ainda, uma casa enxaimel dentro do Parque, que contará com um auditório para cerca de 100 pessoas. Este espaço, que deveremos chamar de Casa do Imigrante, ainda contará com um museu. Isso vai fazer o nosso parque muito mais atrativo, com uma infraestrutura melhor ainda. Pretendemos desenvolver outras ações no local. Colocar água quente, mais bancos, mais brinquedos, tudo para melhorar ainda mais o nosso Parque. O Parcão é um dos nossos cartões postais.
Enfim, o trabalho é intenso e gostaria de agradecer e muito os vereadores da base governista, as igrejas, o deputado Renato Molling, os funcionários públicos, os secretários, os professores(as) e equipes diretivas, a Brigada Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. Enfim, para governar uma cidade é preciso de muito apoio, união e a ajuda de todos. Pois, como sempre falo, desde o primeiro mandato, quando o justo governa, o povo se alegra.