Aulas de bicicross na escola 28 de Fevereiro já têm mais de 30 alunos

Sapiranga – As atividades no contraturno escolar oferecidas pela Secretaria de Educação de Sapiranga ajudam a integrar o estudantes e a comunidade e, principalmente, incentivam as práticas esportivas e a descoberta de talentos.

Um dos projetos retomados depois da pandemia é o de bicicross, com alunos da EMEF 28 de Fevereiro, do bairro Oeste. O diferencial dessa modalidade é a parceria com a Secretaria de Turismo e Desporto que, há cerca de dois meses, revitalizou a pista de bicicross do bairro Oeste e disponibiliza o espaço para as aulas.
A pista fica na rua Alagoas, bem próxima da escola. Quando o tempo não colabora, os encontros acontecem na quadra coberta da escola ou no Parque do Imigrante.
A pista foi inaugurada em 2016, mas durante muito tempo esteve praticamente abandonada, sem a manutenção necessária para o uso. No início deste ano, com o retorno das atividades coletivas, a prefeitura buscou revitalizar o local, e desde março está sendo utilizado pelos alunos do projeto.
Atualmente são 35 alunos participantes, desde o 3º até o 9º ano do Ensino Fundamental. Eles são divididos em turmas de até 10 alunos. Isso porque todo o equipamento é fornecido pela escola: bicicleta, capacete, luvas, joelheiras e demais itens.
As aulas duram cerca de uma hora e não são focadas em competição. Os alunos aprendem sobre o esporte, têm lições de equilíbrio, força e disciplina. O próprio reconhecimento de pista já oportuniza o aprendizado .
A equipe do projeto planeja realizar um evento de inauguração da pista, para que toda a comunidade participe.

A evolução dos alunos desde que começou o uso da pista é notória
Os exercícios para ganhar intimidade com a bicicleta, que é específica para a modalidade e também a parte teórica são importantes, mas os alunos estão felizes mesmo é agora, utilizando a pista de bicicross. “Alguns ainda estão acostumando, mas já conseguimos notar a evolução com o uso da pista”, comentou a professora Tainara Fernandes Piltz, que atua no projeto junto com outros colegas. “Na maioria das aulas estamos em dois [professores], pois tem o deslocamento até a pista e também para poder dar uma atenção especial que algum aluno precise”, explicou.

Melhorias na pista
O espaço é aberto, então sofre as ações do clima, o que exige uma maior atenção com manutenções. A chuva encharca a parte de terra, o que dificulta o uso. “Já temos um projeto para impermeabilização dessa parte da pista, é feito um trabalho em que ela molha, mas logo que a chuva acaba ela também já seca”, comentou a professora Tainara.
Também há um planejamento para realizar a iluminação da pista, o que vai proporcionar o uso para atividades noturnas e até mesmo competições.

 O projeto das atividades no contraturno escolar oportuniza que alunos da rede municipal tenham acesso aos esportes que, na maioria das vezes, são praticados somente em entidades privadas. “Esse é um esporte caro, de elite, então a Prefeitura está dando o acesso às crianças, às comunidade escolar pra participar de eventos e projetos assim. Coisas que vão enriquecer a vida deles em sociedade , que vão trazer muitos aspectos positivos pra eles fora da escola também”, comemorou a professora Tainara.
As turmas ainda estão recebendo novos alunos e, por enquanto, apesar da grande procura não há filas de espera. O próximo passo é expandir para outras escolas, mesmo que, inicialmente, as que estão mais próximas da pista.
“É gratificante ver o encantamento deles, com a pista, as bicis, os capacetes. Eles sentem que estão sendo valorizados e assim se dedicam ainda mais”, comentou ela.