Atendimento médico em Araricá acaba na polícia e delegado abre inquérito

Araricá/Sapiranga – Uma possível irregularidade nos atendimentos médicos em Araricá. Esse é o relato de uma mãe, que junto da vereadora Jordana de Lima (Republicanos), prestaram denúncia na Delegacia de Polícia de Sapiranga.

 

Há três meses, Marina Muller, moradora de Araricá, foi até o Posto de Saúde Central do município para tratar de sua filha. Após a consulta na menina, o médico responsável pelo atendimento prescreveu uma receita, mas assinou o documento com o carimbo de outro médico, o que teria causado desconfiança em Marina. “Eu comentei com ele, mais um médico aqui no Posto de Saúde? Ele disse não. Meu carimbo deu problema e estou usando o de outro colega. Achei estranho”, descreve a mãe sobre o ocorrido.

Nesta terça-feira (30), a história voltou a se repetir, envolvendo os mesmos dois médicos. Marina, entretanto, só percebeu a situação ao chegar na farmácia. “Foi, então, que vi que estava errado. Ele não pode estar usando o carimbo de outro médico, e que se ele não está usando o dele é porque há algo de errado”, pontua Marina.

Diante dos fatos, a arariquense entrou em contato com a vereadora Jordana, em busca de esclarecimentos sobre a situação. Ainda de acordo com Marina, o médico que estaria emprestando o carimbo assumiu, em frente à mãe, vereadora e Brigada Militar (que teria sido acionada para averiguar a ocorrência), de que, de fato, estaria emprestando o aparelho para o outro doutor para os atendimentos.

Vereadora acompanhou o caso

Marina Muller indica, também, que o médico dono do carimbo teria dito que a documentação de seu parceiro de profissão estaria irregular. “O médico assumiu, tanto na minha frente, da Jordana, como dos policiais, que realmente ele havia emprestado o carimbo dele para o colega estar utilizando, devido a documentação dele não estar regulamentada no Estado”. “Ele assumiu o erro. A Brigada questionou se ela (Marina) queria registrar, ela disse que sim, ficamos lá um pouco até organizarmos as coisas e fomos para a DP”, conta Jordana de Lima.

Inquérito aberto

Conforme as denunciantes, o prontuário do atendimento também foi negado quando solicitado ao posto, sob justificativa de que haveria a necessidade de um protocolo na prefeitura, configurando outra irregularidade.

O Grupo Repercussão procurou o delegado da Polícia Civil de Sapiranga, que é o responsável pelo inquérito. “Vamos instaurar inquérito para verificar se há crime ou irregularidade administrativa. No transcorrer dos procedimentos avaliaremos qual linha investigatória será necessária adotar”, pontuou Clóvis Nei da Silva.