Asfalto vira pó em Araricá

Péssimas condições do asfalto na Rua da Várzea, podem ser constatadas ao trafegar pela região Fotos: Deivis Luz

Araricá – Um verdadeiro escândalo está em andamento no município. O que era para ser uma obra para durar décadas e proporcionar uma elevação na qualidade de vida dos moradores na Rua da Várzea, no bairro Campo da Brazina, se tornou um exemplo nacional de como não se aplica o recurso público do contribuinte.

A Rua da Várzea, que inicia na esquina da Rua Serraria Ferrabraz e se estende até a porteira no fim da rua, possui pouco mais de dois quilômetros. A antiga estrada de chão batido com saibro, agora, parece ter dado espaço para uma nova modalidade de pavimentação: o asfalto em pedaços. Ironia a parte, associar com a antiga e nacionalmente conhecida transamazônica (rodovia iniciada na Ditadura Militar e que corta os estados do Amazonas, Pará, Maranhão entre outros Estados nordestinos) não é exagero. Nos dois casos, era possível arrancar pedaços do asfalto, recém feito, com as próprias mãos. É um escândalo e que merece o rigoroso controle de órgãos como Ministério Público (MP), Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul (TCE/RS) ou até do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO).

A deterioração do asfalto na Rua da Várzea também tem motivado questionamentos do vereador, Marcelo Madeira, do PTB.

 

Vereador denuncia absurdo

Um dos únicos vereadores de oposição, Marcelo Madeira (PTB), foi até o local e denunciou os fatos. Nesta semana, contrariado com a irregularidade, Madeira apresentou um pedido na Câmara e solicitou uma série de esclarecimentos sobre a contratação.

Na sessão desta semana, na Câmara de Vereadores o prefeito, Flávio Foss, tentou esclarecer o fato: “Notificamos a empresa em 4 de junho e em 30 de junho a empresa disse o que será feito. Em 23 de julho, novamente, cobramos a empresa. Ainda não demos o recebimento da obra, pois ela não foi concluída ainda. Não adianta, fazer gritaria é só perda de tempo. Fiz 33 ruas nas gestões passadas e nenhuma caiu”, relembrou Foss.