Após ano difícil de enfrentamento à pandemia, hospital de Campo Bom projeta avanços

Exames de tomografia passaram a ser feitos no hospital de Campo Bom (Foto: Melissa Costa)

Campo Bom – Em razão da pandemia da Covid-19, muitos projetos que haviam sido planejados não puderam sair do papel em 2020 no Hospital Lauro Reus, em Campo Bom. Praticamente o ano todo foi de enfrentamento à pandemia e de investimentos para conseguir manter os atendimentos, dando suporte aos pacientes e também à equipe. “Basicamente tudo que foi feito no ano passado foi para adequar o atendimento no combate à pandemia. Tivemos que mudar os planos”, destaca Melissa Fuhrmeister, diretora da Associação Beneficente São Miguel (ABSM), que administra o Hospital Lauro Reus. “Um dos planos fortes que tínhamos era aumentar a saúde suplementar com convênios e particular, pois isso iria alavancar o hospital, colocar em outro patamar. O valor recebido seria reinvestido. Além disso, também tivemos uma grande alta dos preços de medicamentos e materiais. Aumentou o preço e o consumo disso também foi muito maior. Ou seja, além de não conseguir investir, tivemos gastos muito mais elevados”, explica ela, citando ainda o cancelamento de cirurgias eletivas. “O paciente covid despende um tratamento com muito medicamento, internação em muitos casos longa, pacientes críticos. Tivemos também atestados da equipe; foi um ano muito difícil para os hospitais”.

Aumentar recursos com convênios e particular

A diretora, apesar da pandemia ainda existir, projeta um 2021 de conquistas importantes para a casa de saúde: abertura de 20 leitos novos – particulares e convênios; abertura de oncologia, reforma da emergência, melhoria dos processos para reduzir o tempo de atendimento e implantação de programa de qualidade hospitalar. “Os novos leitos são, justamente, para convênio e particular; o que a gente havia projetado para 2020. A ideia é de que a gente consiga viabilizar o hospital através dos convênios e particulares, porque hoje o valor que a gente recebe pelo SUS é restrito. Para conseguir colocar o hospital em outro patamar, precisamos disponibilizar desses valores”. Sobre a oncologia, a projeção é atender o paciente nas consultas iniciais e quimioterapias. Hoje, a referência desses pacientes é Novo Hamburgo. “Isso não demandaria tanto investimento, mas seria um grande avanço, tanto SUS quanto particular”. A reforma da emergência está prevista para iniciar em abril.