Ao todo, região perdeu 656 postos de trabalho no ano passado

Região – O cenário da geração de empregos no Rio Grande do Sul não encontra-se em sua melhor fase. Somente no ano de 2017, ocorreram na região – Araricá, Campo Bom, Nova Hartz e Sapiranga – mais demissões do que a geração de novas vagas de empregos formais. Por município, a exceção foi Sapiranga, que gerou 305 postos de trabalho em 2017 e Araricá, com outros 28 empregos formais gerados.

Dados do Ministério do Trabalho e Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam que em 2016 foram criadas 22.415 novas vagas de empregos formais na região e ocorreram 21.954 demissões, ficando um saldo positivo de 461 vagas. Em contrapartida, em 2017, foram criadas 21.632 vagas de empregos formais e 22.288 demissões, que resultou em um saldo negativo de 656 vagas.

Neste cenário, os homens ainda são os detentores da maior parte das vagas. Em 2016, foram criadas na região 12.157 novas vagas de empregos para homens e 10.258 para mulheres. Já em 2017, foram criadas 11.726 novas vagas de emprego para homens e 9.906 vagas para mulheres. Nos dois anos, as mulheres foram as que mais perderam espaço no mercado de trabalho.

O setor de serviços é o que mais gera vagas femininas e o setor da indústria de transformação abre mais vagas masculinas.

Por faixa etária, quem mais perdeu espaço no mercado de trabalho foram homens e mulheres de 50 a 64 anos. Ao todo, foram 1.273 vagas que deixaram de existir entre os quatro municípios. Jovens com até 17 anos foram os que mais ganharam espaço nos últimos dois anos, embora setores como extrativismo mineral e administração pública não empreguem pessoas com menos de 18 anos.

Ocupação por sexo*

Homens: 131 vagas
Mulheres: – 326 vagas
Total de vagas: -195
* Totalização de vagas criadas entre 2016 e 2017 na região

Panorama do MTE

O Ministério do Trabalho considera que na região há 941 ocupações (profissões) formais. Entre elas estão diretores, analistas, mecânicos, trabalhadores da construção civil, alimentação, calçadistas, comércio, entre outros.

Os trabalhadores da indústria calçadista foram os mais contratados em 2016. Em compensação, no ano de 2017, foram os que mais sofreram com as demissões. Alimentação de linha de produção é uma das ocupações que cresceu nesses últimos dois anos. Já trabalhadores do setor de extração mineral não tiveram perdas significativas nem aumento no número nos últimos dois anos. O setor de serviços foi o único que não registrou queda em novas contratações nestes dois anos.

Geração de emprego e demissões

Áreas que mais registraram demissões
2016
Ocupação total de demissões
Auxiliar de escritório, em geral              89
Cartonageiro, a mão                                 59
Moldador de plástico por injeção          58

2017
Ocupação total de demissões
Preparador de calçados, a mão                 203
Costurador de calçados, a máquina         168
Acabador de calçados                                  123

Áreas que mais registraram admissões
2016
Ocupação total de admissões
Trabalhador polivalente da confec. de calçados       551
Alimentador de linha de produção                              114
Servente de obras                                                             89

2017
Ocupação total de admissões
Alimentador de linha de produção                          211
Vendedor do comércio varejista                                51
Operador de telemarketing ativo e receptivo         40

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/CAGED)