Alunos do 8º ano do CME Dr Décio Gomes Pereira são medalhistas na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica

Sapiranga – Quando se fala em astronomia e astronáutica o que passa pela cabeça de muitas pessoas é a complexidade destes temas e a distância que eles parecem ter da grande maioria de nós. Para mudar isso, trazer o assunto para mais perto dos alunos e acreditando na qualidade de ensino oferecida aos estudantes, a professora de geografia e apaixonada pelos astros, Norma Riboli Bonett, propôs a coordenação do CME Dr. Décio Gomes Pereira, de Sapiranga, a inscrição e realização da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A prova ocorreu no dia 17 de maio, por alunos do 6º ao 9º ano da instituição que tinham interesse no assunto. E no mês de outubro veio a comprovação do que a professora Norma acreditou, diversos alunos receberam certificados, sendo que dois deles foram medalhistas na olimpíada que envolveu 884.979 estudantes em todo o Brasil.

Victor Luis Kuminiki Flores e Éric Gabriel Manique, ambos alunos da turma 812, do 8º ano da instituição, receberam as medalhas de prata e bronze, respectivamente. Os alunos contam que aprenderam muito com a prova, tanto antes, enquanto estudavam, quanto durante a realização, já que a prova possui exemplos e explicações sobre certas questões e fenômenos.

Olimpíada já está em sua 22ª edição

A OBA é realizada anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e neste ano, contou com a participação de 884.979 alunos em sua 22.ª edição. A olimpíada tem como objetivo fomentar o interesse dos jovens pela astronomia, astronáutica e ciências afins, além de promover a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa, mobilizando escolas, comunidade e diversos atores dos segmentos.

“A escola é a base, nós que construímos o resto”

Éric conta que sempre gostou de estudar sobre coisas diferentes. “Eu sempre tive essa curiosidade, eu gosto desse negócio de curiosidades, coisa assim que as pessoas às vezes não sabem, então eu já pesquisava sobre esse assunto há muito tempo, aí veio a prova, eu estudei mais um pouco e foi bem legal, descobri coisas que eu não sabia”, afirma o estudante.

A professora Norma realizou simulados com os alunos para que se preparassem para as provas. Victor conta que a prova não foi fácil e exigia bastante lógica em algumas questões.

A cerimônia de premiação aconteceu no auditório da escola, onde todos os alunos que participaram da olimpíada estiveram presentes, ao chegarem na sala os colegas comemoraram as premiações dos guris, “bateram palma, fizeram uma algazarra”, conta Victor.

A olimpíada não foi obrigatória para todos os alunos, só realizou a prova quem teve interesse. Norma relata que muitos estudantes optaram por não fazer a prova, pois não valia nota, mas Éric garante: “não importa necessariamente a nota, e sim o significado, ter ganhado a medalha, ter a iniciativa de te ido lá fazer a prova, tudo conta, é mais conhecimento.”

Éric ainda declara “é legal o empenho da escola em incentivar os alunos a fazerem algo diferente. A escola é a base, nós que construímos o resto”.