Araricá – Encontros na 2ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), em São Leopoldo, e telefonemas para o QG da Secretaria Estadual da Educação no Vale do Sinos não foram suficientes para convencer o governo do Estado dos graves problemas que a Escola Estadual de Araricá vive. Matéria publicada no Jornal Repercussão no mês de março, mostrou o quadro preocupante das 17 escolas estaduais da região naquele momento. Passados dois meses, a situação da escola de Araricá pouco mudou.
A ausência de professores atinge as disciplinas de geografia, educação física, espanhol e seminário integrado. “Cumpro as funções de diretora, vice-diretora, supervisora, orientadora e de merendeira. Só faço isso porque gosto e me preocupo com os alunos. Às vezes, eu vou em uma sala, depois passo na outra e ainda desço para ajudar no preparo da merenda dos alunos”, afirma.
Conforme a diretora, Sandra Helena Couto, que está há mais de oito anos na escola, este ano a dificuldade no quadro de docentes e de servidores fugiu do controle. “Não havia passado por uma situação como esta. Estou há oito anos sem uma coordenadora pedagógica e o trabalho se mantém firme em nossa escola, graças à dedicação dos professores que trabalham aqui”, revela.
A diretora reitera ainda que dos cerca de 11 servidores da escola, apenas ela, a auxiliar de limpeza e a secretária são profissionais nomeadas. “O restante, todos estão em contratos emergênciais”, revela.
Na última semana, dois professores e cinco alunos foram recebidos pela coordenadora da 2ª CRE e apresentaram a situação da escola.