Alunas da Escola Genuíno Sampaio desenvolvem canudo biodegradável

Sapiranga – Há um bom tempo que se vem discutindo formas de diminuir o impacto que o lixo causa na natureza. Principalmente os problemas gerados por plásticos que acabam sendo confundidos com comida pelos animais marinhos. Pensando nisso, as alunas Gabriéli Metzka, Hellen Forell e Thais Weber, do segundo ano do ensino médio do Instituto Estadual Coronel Genuíno Sampaio, decidiram desenvolver um plástico biodegradável, que não agredisse o meio ambiente. “Nós pesquisamos bastante e chegamos na fórmula do bioplástico, ele é 100% vegano, natural e biodegradável”, declara Gabriéli.

O canudo não pode ser usado com bebidas quentes, pois dissolve em líquidos de temperatura elevada, mas não há problema caso esqueça disso, já que o plástico é feito exclusivamente de produtos alimentícios, que podem ser ingeridos por nós. “Ele não é feito de nada tóxico, todos os ingredientes já são composições alimentícias com esse vínculo, de caso ocorrer de ingerir, não ocorrer nada”, explica Gabriéli, que conta. “Uma de nossas integrantes ingeriu e não aconteceu nada, além do mais, caso fosse parar no oceano, não causaria problema aos animais por esse motivo.”

O veganismo leva em conta não somente o que se come, o que se veste e o que se usa, também não devem vir de origem animal. Dessa forma, o canudo das alunas serve também para os veganos, já que atende a esta demanda.

Processo de produção

E não foi fácil acertar a receita. “Fizemos aproximadamente 25 testes da massa, tivemos muitos erros em questão de mofo, secagem, quantidade, pesquisamos até chegar a essa massa”, lembra Gabriéli.

As meninas fizeram todo o processo de pesquisa prática do projeto na cozinha de casa. Gabriéli explicou o processo de produção dos canudos. “Nós misturamos os ingredientes, fazemos o processo de aquecimento a fervura e depois passa pelo processo de secagem até a formação do bioplástico, depois moldamos e transformamos em objetos”, conta Gabriéli.

Participação em feiras de ciências

O projeto foi desenvolvido para a feira da escola, com a orientação da professora Giseli Vecchietti. Agora, as estudantes buscam o credenciamento em outras mostras, para apresentarem sua pesquisa. “Fomos para a feira de ciências da escola Genuíno Sampaio e agora, como ganhamos, vamos para Femint e estamos tentando a Mostratec. Se tudo der certo, pretendemos ainda ir para novas feiras”, declara Gabriéli.

Texto: Laura Blos

Fotografia: Arquivo pessoal