Sapiranga – Na última segunda-feira, 1º de outubro, Querulim Vanusa da Rosa, 27 anos, esteve na redação do Jornal Repercussão para relatar uma situação desesperadora pela qual ela e sua família – marido e o filho de 4 anos – passaram, e pedir por ajuda.
Na madrugada de domingo, 23, devido às fortes chuvas que atingiram a região, o bueiro em frente a sua casa não venceu absorver toda a água que desceu do barranco, invadindo e alagando sua casa, junto com muito barro. “Perdi tudo dentro de casa. Colchão novo que ainda estou pagando. Cozinha. A marca da água, com barro, passou da altura do vaso, no banheiro. Geladeira parou no meio da água. Rancho que tinha, perdi! Brinquedos do meu filho coloquei tudo fora. Tenho medo de doenças”, relatou Querulim.
Depois do susto e da sujeira, os vizinhos ajudaram a limpar a casa e os bens, sendo que muita coisa teve que ser descartada. Essa foi a primeira vez que algo assim aconteceu na residência. “Moro alí há cinco anos. Meu marido já morava alí faz uns 30 anos, no mesmo lugar, e nunca aconteceu isso. Nunca entrou água”, pontua a moradora. Segundo ela, o problema aconteceu devido ao asfalto novo na via, juntamente com boca de lobo muito pequena para a necessidade em caso de altos volumes de chuva, como a que ocorreu.
Prefeitura lamenta ocorrido e esclarece que essa foi primeira situação registrada
Querulim, com apoio da advogada Gissela Ione Schein, protocolou um requerimento junto a prefeitura, que então pediu 10 dias para resolver a situação. Gissela confirmou que, no caso de nenhuma providência, dentro desse período, entrará com um processo administrativo. A prefeitura informou ao Repercussão que lamenta o ocorrido e salientou, em nota, que a inundação de qualquer área urbana que prejudique os munícipes não é desejada. Sobre este fato, em especial, a administração esclarece que, até o momento, não havia recebido nenhum tipo de reclamação relativa às obras de pavimentação e meios-fios.
Equipe técnica realiza vistoria
A nota enviada pela Administração à redação informa ainda que, com as fortes chuvas e o relato do morador, a equipe técnica da prefeitura realizou uma vistoria no dia 1º de outubro para identificar os possíveis problemas. “Foram verificadas as bocas de lobo nas ruas Anita Garibaldi, Vicente Celestino e também na Avenida Travessão Ferrabraz. Vale destacar que as redes pluviais já existiam antes do início das obras, não estando assim contempladas no objeto contratado. Durante a execução constatou-se que só havia rede pluvial em um dos lados. A partir disso, foram executadas travessias em determinados pontos para possibilitar a execução de bocas de lobo em ambos os lados”, pontua a nota. O texto ainda destaca que, além das vistorias já realizadas, está prevista uma nova visita ao local ainda nesta semana, juntamente com os técnicos da empresa contratada, a fim de complementar os estudos para as devidas melhorias da captação das águas pluviais, salientando que os serviços apenas poderão ser executados após o fim das chuvas.
Texto: Sabrina Strack
Fotos: Arquivo pessoal