Ajustes em ETEs impedem Sapiranga e Corsan de tratar esgoto que vai para o Sinos

Sapiranga – Diversas ações promovidas pela Prefeitura marcaram a Semana do Meio Ambiente. Entre as ações ligadas ao tema da preservação dos recursos naturais que mais trarão impactos (econômicos e sociais), sem dúvida alguma, será o projeto de tratamento do esgoto de 50% da população sapiranguense. São ações distintas, algumas prestes a completar mais de 13 anos desde o seu início em 2008, mas que por diversos fatores, ainda não estão em operação.

As principais obras que prometem ressignificar a área do saneamento em Sapiranga, estão em síntese, distribuídos em cinco projetos diferentes. O primeiro deles, foi iniciado ainda em 2008, e é referente as redes coletoras de esgoto do bairro São Luiz e a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Passo da Cruz (ETE Passo da Cruz, no bairro Fazenda Leão, quase no fim da Av. Kennedy). Para implantar as redes e construir a ETE, o município obteve junto à Funasa o valor de R$ 12,8 milhões. Como a obra não entrou em operação imediatamente e devido a ações de vandalismo, o local necessitou de um novo aporte no valor de R$ 930.000,00. Esse montante foi custeado pelo Fundo de Gestão Compartilhada da Corsan, um fundo que reserva valores originários das contas pagas pelos sapiranguenses para projetos e investimentos futuros. De parte do município, ainda, foi construída uma Estação de Bombeamento de Esgoto (EBE), na Rua Paulo Freire, no bairro São Luiz.

ETE FERRABRAZ PRECISA DE AJUSTES

A intervenção mais nova na área do saneamento, em Sapiranga, é a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ferrabraz (esquinas das Av. Travessão Ferrabraz e a Av. Teotônio Vilela). Para esta ação, o município captou através do extinto Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Saneamento), dos governos petistas, o valor de R$ 1.455.391,00 para a construção da estrutura.

A estação também ainda não está em operação e conforme o secretário de Planejamento, Habitação, Segurança e Mobilidade da Prefeitura de Sapiranga, a obra precisa de uma adequação. “No período de testes, constatamos que seria necessário substituir o tipo de uma tubulação que leva o esgoto para a ETE. Precisamos trocar esse tubo por um de ferro fundido e tivemos que reprogramar tudo com a Caixa Econômica Federal”, explica o secretário Carlos Maurício Regla.

 

Investimentos significativos, mas ainda nenhuma estrutura em operação

= Os investimentos feitos pela Corsan, em Sapiranga, ultrapassam os R$ 31,8 milhões. Foram investidos R$ 16,7 milhões na implantação de 28 quilômetros de redes e na construção de uma Estação de Bombeamento de Esgoto (EBE), na Rua Quatro. As redes contemplam os bairros Sete de Setembro, parte do Amaral Ribeiro e 6.692 residências destes dois bairros precisarão se conectar à rede coletora de esgoto. Com a ETE Ferrabraz e ETE Passo da Cruz, a estimativa é tratar 50% do esgoto da cidade.

= A ETE Passo da Cruz, ainda não está em funcionamento e a Corsan necessita efetuar alguns ajustes internos na estrutura. “Entregamos ela concluída e ela não recebe esgoto ainda, porque os proprietários das residências dos locais onde as redes coletoras foram instaladas ainda não foram notificados da necessidade de se conectarem à rede. Todo o esgoto dos bairros Sete e parte do Amaral chegará na EBE da Rua 4, e de lá, os dejetos serão direcionados para a EBE São Luiz, e da Rua Paulo Freire, o esgoto irá para a ETE Passo da Cruz”, detalha Regla.

= Sobre a ETE Passo da Cruz, a Corsan esclareceu que após receber a obra da Prefeitura, o local passou por adequações e a construção de um laboratório. Agora, as redes estão sendo limpas com um caminhão hidrojato e a conclusão estimada é para julho de 2021. Só depois dessa etapa o sistema estará apto a receber as ligações das residências de abrangência da ETE. Essa obra, que está sendo executada pela Prefeitura, ainda não foi entregue à Corsan. Com relação as obras da ETE Ferrabraz, a Corsan informou que a obra ainda está em execução e depende da entrega, pela Prefeitura, para operacionalização.