Adriano Oliveira será o presidente da Câmara de Sapiranga e deseja ser o sucessor de Corinha Molling

Sapiranga – Na carreira profissional ou pública, o primeiro passo para atingir um objetivo é demonstar, entre inúmeras necessidades, disposição e vontade. Nessa linha, o vereador e recém eleito presidente da Câmara, Adriano Oliveira (PP), tem se preparado para alçar o que pode se concretizar como o seu maior desafio na vida pública: disputar pelo PP o cargo de prefeito para a gestão 2021-2024.

Não será uma tarefa fácil para Oliveira, que aos 37 anos, voltou a estudar e busca concluir o curso de Ensino Superior em Ciências Sociais Políticas. Adriano possui colegas no próprio PP que também possuem a ambição de ser prefeito no próximo período, o que manteria uma hegemonia do PP, que iniciou com a vitória da atual prefeita, Corinha Molling, em 2012, na disputa contra Deoclécio Grippa (PT).

Adriano venceu uma disputa apertada pela presidência da Câmara: “Jamais imaginaria que o Juca (José Moura, do PP) iria montar uma chapa contra mim. O Juca concorreu de novo porque já estava com alianças políticas formadas e com desgates com a prefeita, a administração e o partido”, declarou Adriano. Mesmo com o embate com o colega, Adriano venceu a disputa, desceu do seu lugar na Mesa Diretora e apertou a mão de Juca em sinal de respeito.

“As portas foram se abrindo para eu concorrer a prefeito”

Entrevista com Adriano Licio de Oliveira, presidente da Câmara de Vereadores de Sapiranga

Jornal Repercussão – A Câmara voltou a ter uma disputa pela presidência. O que motivou esse embate em 2019?

Adriano Oliveira – Estava tudo certo pelo acordo que tínhamos, lá de 2016. E não foi acordo com seis vereadores. Foi com oito vereadores. Que eram os seis vereadores do PP e os dois do PTB. Inclusive eu abri mão para o Juca e a Olivia também porque nós dois (Adriano e Olivia) fomos os mais votados do partido. E cobramos essa questão, o Balardin cobrou muito também, pois fazia 20 anos que era vereador e não havia exercido o mandato de presidente. No primeiro ano, em 2017, abrimos mão para o Juca ser presidente em respeito a história que ele possuía com o PP. Jamais iria imaginar que o Juca iria montar uma chapa contra mim. Se outro vereador da nossa bancada eu não ficaria surpreso. Todo o vereador tem a aspiração de ser o presidente da Câmara. Assim como o próprio Balardin, que ficou 20 anos de vereador, para agora, exercer o mandato de presidente. O Juca concorreu de novo porque já estava com desgates com a prefeita, a administração e o partido. Recebeu convite de outros partidos em reuniões com expectativa de migração de legenda.

Jornal Repercussão – De que forma se aproximaram do Sandro?

Adriano Oliveira – O primeiro que eu procurei foi ele. Disse que o Diego já havia sido vice-presidente e fiz o convite para ele (Sandro). O Sandro aceitou com a condição que teríamos que reduzir gastos, custos e cobrou uma câmara transparente. E fechamos. Expliquei para ele que vamos fazer o concurso público para substituir alguns cargos e que pensávamos em deixar o Legislativo pronto para a próxima legislatura de vereadores, para que não tenham tantos problemas como ocorreram nessa legislatura.

Jornal Repercussão – E a redução de cargos na Câmara já iniciou? Qual é a projeção?

Adriano Oliveira – Foram entre 3-4 cargos reduzidos. Tem mais 4 cargos para tirar que são de assessores. Com a redução de 15 para 11 vereadores é necessário extinguir esses quatro cargos de assessores. É necessário formular o projeto, através do jurídico, e votar esse projeto logo na arrancada de 2020. Não vai ter choro. Nossa ideia é reduzir vários cargos que tem aqui, deixar pronto para a próxima legislatura para não haver essa questão de disputa pela presidência e os cargos servirem como moeda de troca.

Jornal Repercussão – E o concurso público em período eleitoral. É viável?

Adriano Oliveira – Queremos o concurso logo no início que é para o cargo de Recursos Humanos, que faz a contabilidade e pagamentos da Câmara. Só estamos vendo se faremos o concurso de Ensino Superior ou Médio. Para um agente administrativo que vai cuidar dessa parte.

Jornal Repercussão – Você é pré-candidato do PP na disputa pela prefeitura de Sapiranga?

Adriano Oliveira – Estou preparado e desde quando assumi de vereador eu procurei manter um diálogo junto com o governo. Articulei muitas ações. Sempre respeitei o partido, inclusive, eu não pretendia ser pré-candidato a prefeito. Pretendia concorrer a vereador. Mas, as coisas foram se encaminhando para um rumo e as portas foram se abrindo para eu concorrer a prefeito. Faço reuniões em todos os bairros ouvindo moradores, com 60-80 famílias. Onde eu vou lá e debato com eles. As pessoas me pedem que eu seja o candidato à prefeito. E isso veio da comunidade. A comunidade acha que eu tenho que ser o candidato do PP. É claro que eu respeito todos os candidatos e todos os partidos e àquelas pessoas que querem ser candidatos a prefeito. E respeito o meu partido. Se a prefeita achar que tem outra pessoa mais preparada que eu, vou apoiar igual e vou continuar apoiando pela comunidade.