Ações sustentáveis para um lugar melhor de se viver

Região – O mês de junho é dedicado a uma programação especial alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado na última terça-feira (5). A Semana do Meio Ambiente é voltada para atividades de conscientização e sustentabilidade e acontece em dias diferentes, conforme o calendário de cada Município. Entretanto, não é somente nestes dias que diversas pessoas se empenham em colocar em prática diversas ações sustentáveis.

O Centro Municipal de Estudos Ambientais de Sapiranga (Cemeam), já desenvolve há 13 anos um sistema de irrigação por cisternas, onde boa parte das hortas e plantas do Cemeam é irrigada diariamente com a água armazenada das chuvas.

Conforme divulgado, em Campo Bom, a Semana do Meio Ambiente iniciou dia 2 e segue até essa quinta-feira (7). Em Sapiranga, foi transferida para 26 a 30 de junho, sendo que a abertura oficial se manteve no dia 5. Entre as atividades programadas está o plantio de árvores, palestras, apresentação de projetos desenvolvidos por escolas e Centro Ambiental.

Para o secretário de Meio Ambiente de Campo Bom, João Flavio da Rosa, essas ações com as crianças refletirão no futuro. “A ideia é que as crianças e adolescentes disseminem a informação em casa, no seu bairro e com os amigos. É essencial que a população saiba a importância de mantermos a área verde do nosso município”, ressaltou.

“Reúso” da água no Fórum

A reforma no prédio do Fórum, em Campo Bom, contempla o reaproveitamento de água. As águas da chuva serão reutilizadas para limpeza e manutenção predial. Já dos lavatórios serão reutilizadas nas descargas dos sanitários.

Projeto apresentado na Câmara de Sapiranga

No início deste ano foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores um projeto do vereador Diego Lima para a obrigatoriedade de construção de cisternas e encanamento específico para utilização em banheiros e limpezas, em casas ou comércios com mais de 180m2. A lei já foi sancionada e tem seis meses para entrar em vigor.

Conforme o projeto apresentado, o custo da obra aumentaria em, no máximo, 1%. Mas, em pouco tempo, esse valor é compensado com a economia, principalmente, de água. Através de um sistema de captação e armazenamento da água das chuvas, esta seria utilizada para descarga sanitária, rega de jardins e hortas, lavagem de roupas, veículos, vidros, entre outros.

Diego destacou que a sua intenção é auxiliar na educação ambiental e os cuidados com a água. “Objetivo fundamental desta proposta foi poder atender a questão da educação ambiental. Trazer a realidade do problema que é a água. Hoje, o Brasil é um país que reflete pouco ainda, mas já vemos ter problemas de desabastecimento em São Paulo e Brasília. No mundo todo, o Brasil tem 12% de toda a água doce, um comparativo é a Europa que tem somente 7% e a África 10%”, explicou.

Texto: Bruna Bertoldi                   Fotografia: Fernanda Hescher