A sapiranguense que é apaixonada por carros antigos e é dona de uma Variant 1971

Antes mesmo de nascer, a massoterapeuta, Carina Wirth, 20 anos, frequentava clubes de Carros Antigos e encontros. Apesar de estar no ventre da sua querida mamãe, a paixão por automóveis da época do carburador, da janela a manivela e da ventarola (quem não é desta época, dá um Google) vem de longa data e tem passado por gerações dentro da sua família.

Carina explica que ela, a mãe e o seu pai, cada um possui o seu brinquedinho. “É para ninguém ficar com ciúmes e não dar briga”, confidencia a jovem, dando risadas. A mãe possui uma Caravan 1991 (carinhosamente chamada de caravosa), o pai de Carina, uma TL ano 1971. “O antigomobilismo está há muito tempo na nossa rotina e vem de gerações. Meu avô tem três antigos, um Fusca 1980, um Opala (1977) e uma Marajó (1981). Meu pai, na juventude dele, era da turma dos Opalão. Era um Opala rosa pantera preparado para corridas. Ele gostava muito de Opala e teve outros dois ainda depois desse”, relembra a jovem.

Carina possui preferências quando o assunto é preservação dos carros antigos. “Eu gosto do carro o mais original possível. Não gosto de carros muito descaracterizados”, pondera.

E, ao completar 15 anos, Carina recebeu do seu pai um belo presente: a Variant 1971. “Meu pai apareceu com ela, entre 2015 e 2016, na véspera dos meus 15 anos, durante um brick de antigos”, cita.

Quando completou 15 anos, a jovem recebeu do pai uma Variant 1971, que foi restaurada

Carina explicou que o seu ‘presente’, na realidade, estava em uma situação, digamos, particular. “Quando fui ver ela, estava toda podre. E, ele, disse que era o meu presente. Em um primeiro momento fiquei pensativa, mas depois, eu me apeguei de uma maneira, e logo depois, ela começou a receber o restauro. Passou por reforma do motor e nisso ficou uns dois anos na oficina para deixar o motor e a lataria como era necessário. Até que um dia, em 2017, fomos até a Fenac, em Novo Hamburgo. Estava ocorrendo um encontro de Fuscas, e lá, vi uma Variant do mesmo ano, 1971, vemelha com o interior bege, bem clarinha. Na hora eu disse para a minha mãe: é nesse estilo que eu quero a minha Variant!”, recorda Carina, com um sorriso no rosto.

Foi então, ao descobrir como gostaria que a sua Variant 1971 ficasse após a restauração, é que Carina iniciou o processo de escolha da cor. “Pesquisei um catálogo do ano, modelo e da marca do carro. Olhei na internet e livros. Foi então que escolhi o vermelho cereja. Quando completei 18 anos, eu ganhei uma festa a fantasia e era para o carro ser entregue, mas por detalhes, o carro não ficou pronto a tempo. Somente em 2019, novamente na Expoclassic, na Fenac, é que ela foi entregue para mim. Expomos ela, e finalmente, eu recebi. Quando eu recebi, chorei de emoção”, relembra a massoterapeuta.

Carina e a sua família possuem amigos em diversos clubes de antigomobilismo espalhados pelo Estado e pelo Brasil. “Já fomos para Curitiba, no Paraná, participar de encontros de carros antigos. Em Santa Catarina, participamos de muitos encontros. Mas, já fomos para Oberá, na Argentina, e foi muito legal a receptividade dos argentinos”, comenta a jovem, que chama de Dona Cerejinha a sua Variant de 1971. E, não adianta. Quem passa pelo carro é atraído e ‘obrigado’ a olhar. Ficou top!