A maternidade e as maneiras diferentes de ser mãe

Três gerações diferentes de mulheres contam sobre sua experiência com a maternidade e o sentimento de ser mãe

Dizem que mãe só troca de endereço. Em certos aspectos, essa sabedoria popular está absolutamente certa: a mãe é a figura com quem os filhos podem contar, sempre. É a pessoa que serve de guia e apoio, em todos os momentos da vida do filho – é ter uma grande responsabilidade.

Para Marlene de Vargas, 41 anos, policial militar da Brigada de Sapiranga, a maternidade foi uma surpresa. “Meu filho foi e sempre será um milagre concedido por Deus, pois desde adolescente sempre soube que seria muito difícil eu engravidar. Tanto é, que trabalhei alguns meses na época no GT3 (Grupo Tático 3), hoje Pelotão de Operações Especiais, e era gestante sem saber.” Meiriane Silva, de 29 anos, em breve será mãe pela primeira vez. “A simples descoberta (nem tão simples assim) já nos traz um turbilhão de emoções inexplicáveis, e a minha “descoberta” não foi diferente. Me perguntam: foi planejado? Qual foi tua reação? E o susto? Eu respondo: não foi um susto, foi uma surpresa! E assim como toda surpresa, o coração acelera, é muita emoção. E claro, um misto de felicidade, medos e dúvidas.”

Para Dona Theresinha Weis, de 76 anos, ser mãe também foi uma surpresa. “Para mim, foi tudo novo, não sabia como ia ser. Meus filhos vieram sem ser programados, mas foi na hora certa”. Dona Teresinha é mãe de dois filhos, um de 51 e outro de 53 anos.

A mamãe de primeira viagem

“A vida, os cuidados, as prioridades, a atenção se volta a este ser tão pequeno, mas que já provoca emoções tão grandes. A responsabilidade também bate forte, e acredito que se tornar mãe é um ato irreversível e nos tornamos responsáveis pela construção de uma nova vida. Gerar um filho me torna grata, abençoada, divina e plenamente feliz”, conta Meiriane.

Gravidez inesperada mas bem-vinda
“Lembro-me como se fosse hoje, passei mal, fui parar no Hospital durante uma noite de trabalho. O médico insistiu que estava grávida e eu dizia “impossível”, aí me pediu um exame de urgência e saí caminhando, feliz da vida com o resultado de gravidez. Passei a sonhar com o dia em que ele nascesse, imaginava seu rostinho, seu sorriso”, diz Marlene.

Mãe e policial militar
Marlene equilibra o papel de mãe com o trabalho na Brigada Militar. “Ser mãe e ser policial é um orgulho muito grande e ao mesmo tempo uma responsabilidade em dobro. Preocupações que garanto que muitas mães não têm ou não tiveram, podem ter certeza, nós Policiais Militares temos.”

Demonstrações de carinho aos filhos
A casa de Dona Theresinha Weis é repleta de retratos da família e dos filhos. “A minha criação foi em um momento em que os pais não demonstravam tanto carinho. Eu fui diferente com os meus: procurei dar a eles o que eu não tive em casa. Foi uma alegria muito grande, ter meus dois filhos. Foi muito especial e importante para mim”.