Primeiro aviário em Sapiranga tem previsão de sair do papel no segundo semestre deste ano

Familiares observam a planta do aviário na localidade de Picada Schneider .

Sapiranga – Previsto para iniciar as atividades em maio do ano passado, o primeiro aviário no município de Sapiranga ainda não saiu do papel. O produtor rural Evandro Stelzer, que reside na localidade de Picada Schneider, afirma que não mede esforços para concretizar o empreendimento, entretanto, ainda esbarra em entraves burocráticos. Isso por que o investimento no ramo é uma novidade no município e, em razão disso, são necessárias ações em diferentes frentes. “Hoje, eu teria que seguir regras do Plano Diretor Urbano, inclusive colocando piso antiderrapante e acesso para cadeirantes. A Prefeitura tem ajudado, uma importante conquista foi o investimento para a instalação de luz trifásica”, exemplifica. No fim do ano de 2018 também foi feita a terraplanagem da área.

O aviário terá uma dimensão de 1.920m² e produzirá, anualmente, seis lotes de cerca de 25 mil frangos cada, totalizando 150 mil ao ano. Todas as etapas da criação das aves será gerenciado pela Nutrifrango, de acordo com contrato de integração. Stelzer estima que até o segundo semestre deste ano, o primeiro aviário em Sapiranga se torne uma realidade.

Sem plano diretor rural

A falta de um Plano Diretor Rural de Sapiranga é apontado como um entrave que atrasou a instalação do aviário junto a zona rural do município. “Isto já está sendo trabalhado, debatido junto ao Conselho de agricultura e construído. Em breve deverá ser apresentado um projeto de lei. Hoje são pensados projetos de lei que lei para a realidade do município. Sapiranga, ao contrário de outras cidades da região, hoje não possui nenhum aviário. Mas estamos pensando projetos para passar a incentivar a produção de frangos”, alega o secretário, que acrescenta ainda que pastas como Planejamento e Meio Ambiente, também estão mobilizadas.

Aviários da propriedade serão automatizados
Segundo Stelzer, um aviário (igual ao projeto acima) com 25 mil pintos pode ser cuidado por uma única pessoa. “Todo o sistema é automatizado com distribuição de água e também de comida que vai para os comedouros na hora certa. Os ventiladores e a cortina também acionam sozinhos quando atinge determinada temperatura. A luz também acende e apaga de forma automática”, disse acrescentando que as aves necessitam de mais cuidados nos primeiros seis dias. Ele acrescenta ainda que quanto a cama das aves e os resíduos serão utilizados como adubo na propriedade dispensando assim fertilizantes químicos.

Esforços

O secretário afirma que tudo o que a pasta da Agricultura pode oferecer ao produtor rural está sendo disponibilizado. Ele cita as intervenções para execução da terraplanagem por parte da Patrulha de Máquinas do município, como exemplo. “O que está ao nosso alcance está sendo feito de forma legal, não podemos inventar nada para poder ajudar”, ressalta. O empreendimento na Picada Schneider será o primeiro aviário do município.

Negócio para manter jovens no campo

O produtor reconhece o esforço para a consolidação da estrutura é uma forma de mobilizar os jovens a acreditarem no setor primário como uma forma de sustento. “Quero que o aviário seja um atrativo para eles. Gostaria muito de contar com eles atuando ao meu lado”, revela. Aliado ao trabalho do município, os empreendedores já obtiveram o aval e aguardam liberação de recursos do Plano Safra, para a construção da estrutura.
A filha Sirleni Stelzer, 21 anos, acompanha ao lado do pai os trâmites para que o empreendimento saia do papel. “É uma boa oportunidade para a família”, disse ao lado da pequena Sophia, 3 anos, e do marido Simão Blumer, de 23 anos. A esposa de Stelzer, Simone, 41 anos, e a avó da turma, Nair Wasa, 82, também estão confiantes.

Foto: Fábio Radke.