Lideranças avaliam impactos na economia que o coronavírus implicará no futuro

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Região – Com as prefeituras decretando verdadeiros toques de recolher, indústrias dispensando funcionários através de férias coletivas, serviços, comércios e prestadores de serviços impedidos de trabalharem, a dúvida que fica no trabalhador e no empresariado é a mesma: o que será da economia daqui para frente?

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Igrejinha e Três Coroas, Vinicio Morgenstern, o comércio e a indústria, pós coronavírus, enfrentarão sérias e graves dificuldades: “Vamos enfrentar uma recessão e dificuldade muito grande.

Tenho alguns amigos na indústria que já me revelaram que foram cancelados muitos pedidos. Sem o comércio, sem as vendas, como vamos honrar com os compromissos”, indagou Morgenstern. A presidente da CDL de Sapiranga, Clarice Strassburguer, possui avaliação semelhante: “Compreendemos que é um momento muito difícil para todos. A economia, sem dúvida será afetada, mas o momento é de união e de esforços máximos no sentido de preservação da saúde e da vida de todos os empresários e colaboradores do nosso segmento”, pondera a presidente da CDL Sapiranga.

Lideranças comentam

Marco Cassel, secretário de Indústria e Comércio de Sapiranga: “A situação é bastante caótica e bem díficil. Temos a preocupação, em primeiro lugar, evidentemente, é com a vida das pessoas. Sabemos que essa pandemia é muito séria, mas também temos a preocupação com a economia muito presente. Não é uma situação fácil, sei que muitas empresas vão sofrer com isso. As empresas possuem contas para pagar e uma série de compromissos. Precisamos vencer essa situação com muita força, garra, luz e motivação”.

Vinicio Morgenstern, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Igrejinha e Três Coroas “Precisamos proteger uns aos outros. Com o comércio fechado, não vamos ter pessoas que são profissionais liberais, como uma cabeleireira, uma manicure, um eletrecista que trabalha todo o dia, que depende disso e que não tem uma poupança para se manter. Como vão fazer para se sustentar? Essa é a gravidade. Fechar o comércio, muitas vezes, faz com que as pessoas não consumam. Precisamos ter cuidado com tudo”.

Ano que era promissor é comprometido

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SEDETUR), de Campo Bom, Henrique Scholz, avalia da seguinte forma o momento: “Nunca o Brasil passou por momento semelhante a esse, estamos lutando contra um inimigo invisível. Empresas de todos os tamanhos fechando suas produções em detrimento a um bem maior, a vida de seus colaboradores. As consequências econômicas geradas por essa desgraça, denominada COVID19, são incalculáveis, o ano de 2020, que era promissor, está gravemente comprometido”, lamenta.

Calçadistas apreensivos com efeitos do coronavírus

Para o vice-presidente do Sindicato dos Sapateiros de Três Coroas, Erni Rinker, a situação preocupa bastante: “É uma situação delicadíssima que estamos passando em todo o setor calçadista e o comércio. Sabemos que são muitas pessoas humildes, que trabalham os 30 dias contando com aquele salário, só para comida e para pagar as continhas deles. É o que orientamos é para não ter prejuízo nem em demasia para um lado nem para o outro”, esclarece Erni. O presidente da CDL de Campo Bom, Omar Hoffmeister, cita que o momento é sem precedentes: “Infelizmente, nossos empresários de todos os ramos serão muito afetados de formas diversas. Acreditamos que agora é hora de nos precavernos para posteriormente, após passarmos por toda essa situação, nos reerguermos”, cita. Ano