Fornecedores encontram dificuldades em suprir demanda por itens de assepsia e proteção

Produtos para higiene e desinfecção registram alta procura - Foto: Reprodução .

Sapiranga – A pandemia mundial de coronavírus modificou os hábitos de consumo de milhões de pessoas. Todos em busca de itens para higiene, proteção individual e assepsia contra o inimigo invisível e disseminado pelo ar e pelas gotículas da fala e da própria respiração.

Entretanto, muitos fornecedores de materiais indispensáveis como álcool gel estão com entregas restritas ou em atraso, justamente pela alta demanda de pedidos. Além disso, há falta de matéria-prima, que em alguns casos, os insumos vem de fora do país, entre eles a China: “Isso ainda vai demorar para ficar em ordem. Por exemplo, uma das fábricas que nos fornecem álcool gel, linha hospitalar, assepsia e sabonete, registramos um atraso de 30 dias, e até o momento, ainda não saiu o nosso pedido, com isso, seguimos na lista de espera da fabricação”, explica a gerente comercial da Limpe Bem Sistemas e Produtos de Limpeza, Daiana Muller.

Como forma de orientar os clientes, os proprietários procuraram explicar as diferenças de aplicações e uso de cada produto, proporcionando aos usuários diferentes tipos de produtos para variadas aplicações: “O álcool em gel foi o principal item procurado como o único capaz de combater o vírus. Logo, os estoques foram desfalcados, deixando as áreas de saúde e hospitalar sem o produto”, relembra Daiana.

Cada aplicação um produto adequado ao uso

Na Limpe Bem, de Sapiranga, a orientação aos clientes foi levada muito a sério: “Explicamos que não é só o álcool gel que limpa. O álcool gel serve para fazer a assepsia das mãos e não para superfícies. Quando se está na rua e não tem torneira próxima, aí sim, o álcool gel é indicado. Caso contrário, água e sabão serve e faz a desinfecção das mãos com a vantagem de ser mais fácil de encontrar”, detalha a empreendedora, que indica para a limpeza de superfícies (chão ou parede), o uso de desinfetante.
Passado o impacto do isolamento social os reflexos da escassez de produtos e dificuldades na logística ainda são bem nítidos para o segmento: “A logística ainda está complicada e não normalizou ainda. As empresas e indústrias não estão vencendo produzir. Conhecemos casos de empresas que produziam de duas a três toneladas de álcool gel por dia e passaram a produzir 20 toneladas por dia. Isso é muito desgastante e algumas empresas do segmento aumentaram os turnos de 12 para 17 horas com a mesma equipe”, contextualiza.
Outro detalhe apontado como dificultador para a reposição de itens básicos nas prateleiras é a falta de insumos: “Existem matérias-primas que vem da China e de outros países. O estoque que existia acabou e as empresas estão aguardando a reposição. Luvas e máscaras estão entre os itens que é muito difícil de encontrar”, exemplifica Daiana.