O tesouro que os ladrões não levam

Aquele jovem que já seguia os mandamentos, pergunta a Jesus, o que mais ele tinha de fazer para alcançar vida eterna. Vai, vende todos os teus bens e dá o dinheiro para os pobres, e terás um tesouro no céu. Disse-lhe Jesus. O jovem ficou muito triste porque era muito rico. Aquele jovem, como muita gente no mundo, havia acumulado, ou herdado um tesouro. Hoje também existem muitas pessoas que investem no Bancos, bolsas de valores, ações. Compram terras ou imóveis porque a propaganda diz que este é o melhor negócio, o melhor investimento. Tais pessoas ao fazer todos os tipos de investimento, constroem um tesouro na Terra.
Outras pessoas preferem construir tesouros no céu. Optam pelo melhor investimento, embora muitos não concordam com isso, ou não sabem. Essas pessoas ajudam… os pobres, dando esmolas, ou contribuindo para que eles saiam da situação de miséria a que se encontram. 
Acabamos de comparar dois tesouros. Um que é deste mundo, que nos dá muito prazer, segurança, satisfação, conforto, vida tranqüila, nos faz importantes e muito respeitados. Porém, é um tesouro que apesar das precauções, como o seguro, por exemplo, é muito vulnerável. Uma crise financeira, um grande desfalque, um roubo, um incêndio, são as traças que corroem o tesouro terreno. 
Além disso, este tesouro fica para os outros quando morremos. Não levamos nada para a outra vida, a qual, não se sabe ao certo para onde se vai, mesmo porque o tesouro material não nos garante a vida eterna. Pelo contrário, pode mesmo nos fazer perdê-la. 
Já o outro tesouro acumulado no céu, apesar de não nos proporcionar grandes prazeres nesta vida, nos garante estar um dia desfrutando a vida eterna. Nos transmite uma verdadeira alegria e felicidade, que ninguém consegue arrancar de nós. É o tesouro que os ladrões não levam, é o tesouro que as crises financeiras e os incêndios não destroem.
Pe. Jacó André Wuaden, paróquia São João Batista de Sapiranga