O microcrédito gaúcho

O balanço das ações do Programa Gaúcho de Microcrédito, encerrado em 30 de junho de 2014, evidencia que foram alocados R$ 383.088.520,54 em financiamento para empreendedores informais e proprietários de pequenos negócios urbanos e rurais. O programa do governo do Estado implantado pelo governador Tarso Genro, despertou o interesse de 65.686 mulheres e homens. Uma das características do microcrédito gaúcho reside exatamente na assistência técnica, aquela oferecida pelo agente de oportunidade, cuja primeira atribuição é visitar o estabelecimento do empreendedor, examinar todas as variáveis do negócio e orientar como aplicar os valores obtidos através do microcrédito, que podem variar de R$ 100,00 a 15 mil reais.
Outra característica do microcrédito gaúcho é que na ponta estão às prefeituras, com seus balcões de orientação sobre novos negócios e as Instituições de Microcrédito (IMs). Tenho incentivado as prefeituras para que atuem como agentes do microcrédito e conclamo os prefeitos, que ainda não aderiram ao programa implantado pelo Governo do Estado, a fazê-lo.        
O balanço revela, ainda, que o maior número de contratações esta na faixa de R$ 3 mil a sete mil reais e o maior volume de recursos concedidos ficou entre R$ 10 mil a 15 mil reais. O microcrédito tem como função básica combater a pobreza extrema e resgatar a dignidade do cidadão pela sua inserção no projeto de desenvolvimento do Estado. Na base do sistema destaca-se a idéia-chave: orientado. Modalidade de concessão de financiamento produtivo em que o tomador do empréstimo recebe dinheiro e assessoria técnica. Compete ao orientador capacitado acompanhar o planejamento e a execução para tornar viável o negócio projetado. O agente de oportunidade atua como responsável pela seleção, concessão do crédito, acompanhamento e fiscalização junto ao tomador final. Reafirmo minha convicção de que o microcrédito é uma referência para todo o país e que o programa gaúcho, dá alento e qualidade de vida, exatamente por ser um crédito produtivo e orientado.
Carlos Luiz Rohr,
secretário de Estado da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (SESAMPE)