Copa acabou e com ela as teses catastróficas

No período que antecedeu a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, setores da sociedade, principalmente, aqueles mais pessimistas, anunciaram que o caos se instalaria antes, durante e após a realização do principal evento esportivo do mundo.
Entre os argumentos presentes nas teses catastróficas propagadas pela imprensa burguesa e detentora dos principais veículos de comunicação em nosso país, estava a possibilidade até de não haver internet para as centenas de jornalistas que vieram ao Brasil, algo que não ocorreu. Outro problema eminente seriam os aeroportos, que para os alarmistas de plantão, sequer teriam condições de receber aviões e seus passageiros. O caos estaria presente ainda nas estradas de acesso às arenas. Problemas isolados, estes sim, ocorreram e ocorrerão em qualquer evento esportivo desta magnitude. Agora, da forma que as coisas foram anunciadas aos quatro cantos (em redes sociais a opiniões publicadas e assinadas pelos principais articulistas nos jornais brasileiros), parecia que o Brasil estava sem governo. E essa era a intenção. Gerar um sentimento de descontrole. É claro que os indícios de superfaturamento nos envergonham. Mas, as instâncias competentes devem julgar os casos. E não o senso comum das pessoas.
Tentaram colocar, inclusive, a culpa de qualquer incidente que viesse ocorrer na Copa do Mundo na presidente da República. Agora que a Copa é passado, os devaneios coletivos que surgiram na internet e em cada esquina sumiram. Chega a hora da sociedade se preocupar com o que realmente pode afetar a vida dos cidadãos (para o bem ou para o mal): a política. 
Mas, não falo da política assistencialista. Cito, aqui, a política que fomenta o desenvolvimento econômico, social e educativo do povo. Mas não o povo burguês, que vaiou a chefe maior da nação (um direito legítimo). Refiro-me, aos cidadãos de bem. Que sonham em encontrar um trabalho que lhe possibilite atingir seus objetivos. Das entidades de classe que cobram reformas de base (política, tributária, econômica e social). Só desta forma a sociedade avançará. E não a partir de ranços políticos e/ou ideológicos.
Deivis Luz,
é editor do Jornal Repercussão