Temos trilhado o caminho da alegria juntamente com Jesus, e hoje chegamos ao último passo.
Mateus 5.10 diz: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus.” Por incrível que pareça, uma vida abençoada e aprovada por Deus também inclui perseguição e sofrimento. Mas para compreendermos bem o que Jesus está ensinando nessa bem-aventurança, precisamos saber o motivo da perseguição.
Pois bem, Jesus diz claramente que são bem-aventurados os perseguidos “POR CAUSA DA JUSTIÇA.” O motivo da perseguição é a justiça! Essa justiça vem de Cristo e nos identifica com Cristo. Em João 15.18-20 Jesus diz: “Se o mundo os odeia, tenha em mente que antes me odiou. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia. Lembrem-se das palavras que eu lhes disse: nenhum escravo é maior do que o seu senhor.
Se me perseguiram, também perseguirão vocês.” Em outras palavras: a nossa identificação com Jesus Cristo é a razão da nossa perseguição. A perseguição indica que estamos nos tornando mais e mais parecidos com Cristo. E (sim!) isso deve ser o alvo de todo crente no Senhor Jesus!
Precisamos deixar claro que a Bíblia não afirma que a partir do momento em que alguma pessoa entrega a sua vida a Jesus ela para de sofrer. A Bíblia também não afirma que a pessoa piedosa, que vive para Deus, tendo muita fé, nunca irá passar por dificuldades. 2Timóteo 3.12 diz que “de fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” Pense sobre isso! A perseguição, POR CAUSA DA JUSTIÇA, é uma evidência de salvação e não de maldição.
Isso quer dizer que se você quer conhecer a Cristo melhor, o sofrimento fará parte do processo. Se fôssemos excluir da Bíblia todos os textos envolvendo sofrimento e perseguição na vida de Jesus, sobraria pouco dos Evangelhos. Quando rejeitamos o sofrimento, estamos também rejeitando boa parte da vida de Jesus aqui na terra. Vale a pena meditar sobre as palavras de Paulo registradas em Filipenses 3.10: “Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos.” Você percebeu o desejo do coração dele? Será que é o seu desejo também? O poder da ressurreição, certamente… Mas e a participação em seus sofrimentos?
Ocorre que conhecer a Cristo significa conhecer o seu poder como também o seu sofrimento. Se não conhecemos os sofrimentos de Cristo, como iremos falar como Paulo em 2Coríntios 12.9-10: “Mas ele me disse: ‘Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza.’ Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte.”?
Precisamos ter cuidado com qualquer tipo de ensino que não tem lugar algum para o sofrimento. Eu fico a pensar: que tipo de Deus impotente só consegue agir por meio das riquezas e prosperidade, mas não por meio do sofrimento? O Deus da Bíblia é o Deus soberano, todo-poderoso, que está sobre todas as coisas e usa todas as circunstâncias da vida para o nosso bem e a sua glória… incluindo o sofrimento.
Continuando em Mateus 5.12, Jesus diz: “Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus.” A nossa alegria não se limita a essa terra. Não se limita ao presente. A nossa alegria está principalmente no que há de vir. Portanto, alegre-se! A perseguição que enfrentamos no presente é um sinal da recompensa que teremos no futuro.
Essa é a promessa que está também registrada em 1Pedro 5.10-11: “O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de vocês terem sofrido durante um pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. A ele seja o poder para todo o sempre. Amém.”
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque um dia estarão sobre firmes alicerces.
Você tem essa esperança?