COMENTÁRIO – As organizações de classe e a defesa de direitos para todos

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) sempre esteve nas ruas em seus 30 anos de existência, discutindo a pauta da classe trabalhadora. Acreditamos que é melhor termos uma juventude participativa do que uma juventude alienada às questões da nação.
Também buscamos avanços nas políticas sociais que o setor mais pobre da sociedade precisa, merece e que o país ainda deve. Queremos que 10% do PIB e 100% dos royalties do petróleo sejam destinados para a educação; transporte público de qualidade a preço justo; melhorias no SUS e o aperfeiçoamento da democracia.
Entendemos que uma reforma política é mais que uma reforma partidária. Ela tem que aprofundar mecanismos de participação direta com a utilização dos plebiscitos e referendos, previstos na Constituição Federal.
Além disso, estamos incentivando os trabalhadores que integram a Central a se unirem às caminhadas, apresentando nossa plataforma de luta que percorre uma agenda de direitos trabalhistas como a redução da jornada para 40 horas semanais, o fim do fator previdenciário, a ratificação da convenção 158 da OIT entre muitos outros.
Porém, estamos cientes de que os protestos estão sofrendo assédio de setores conservadores que pretendem inserir uma outra pauta no meio das reivindicações legítimas do povo. Estes setores querem a volta do neoliberalismo, experiência que já vivemos no Brasil e que nos trás amargas recordações como o desemprego, a desregulamentação e o aumento da pobreza. Temos exemplos recentes do que aconteceu em países da Europa, com a volta de uma política neoliberal que vem retirando direitos sociais e trabalhistas. A classe trabalhadora brasileira não vai permitir que o mesmo ocorra aqui. 
Mauri Schorn,
coordenador da CUT do Vale do Sinos