Comentário – A medicina de Cuba que não é falada no Brasil

Meu nome é Diênifer Soares, gaúcha, sapiranguense  e sinto o maior orgulho de ter conseguido uma bolsa de medicina em Cuba. Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba. O debate no Brasil sobre a importação de médicos estrangeiros – cubanos e de outros países – expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha de Cuba, que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo, a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.
A medicina cubana é reconhecida pela excelência, tem um caráter preventivo, e é altamente eficiente, ao contrário do que algumas pessoas mal informadas pensam. Em Cuba, há muitos médicos. Todo mundo tem um médico de família. Tudo é gratuito, totalmente gratuito. Apesar do fato de que Cuba dispõe de recursos limitados, seu sistema de saúde resolveu problemas que o nosso não conseguiu resolver ainda. Isso se reflete nos avanços em vários tipos de tratamento, inclusive em altos desafios, como vacinas para câncer do pulmão, hepatite B, cura do mal de Parkinson e da dengue.  â€ƒ
Hoje, a indústria biotecnológica cubana tem registradas 1.200 patentes e comercializa produtos farmacêuticos e vacinas em mais de 50 países. Eu, como estudante de medicina, após formada seguirei fiel  aos compromissos sociais de quem teve todo o ensino pago pelo governo. Cumpre ao médico salvar vidas e prestar serviços humanitários, respeitando o seu juramento.
Diênifer Soares,
sapiranguense que estuda medicina em Cuba