Rogue One: Uma História Star Wars

Por Nicole Roth

Até o lançamento de Rogue One: Uma História Star Wars, os fãs da franquia conheciam o rico universo de George Lucas através de histórias que estavam sempre – no cinema, pelo menos – atreladas à história da família Skywalker. Com Rogue One, o diretor Gareth Edwards prova que há espaço para histórias do universo Star Wars que vão muito além da saga familiar. Neste novo longa, finalmente vemos uma guerra em tela, pois acompanhamos a história de soldados da Aliança Rebelde – que, desde o primeiro longa de 1977, lutam contra as forças do Império. Rogue One, aliás, funciona como uma prequel desse primeiro longa, explicando diversos “furos de roteiro” e dando mais credibilidade aos rebeldes.

Além de proporcionar, pela primeira vez nos cinemas, uma visão do “soldado raso” da Aliança Rebelde, retratando os esforços dos rebeldes de, primeiramente, interromperem a construção da Estrela da Morte (grande arma do Império) e posteriormente, sua busca pelas informações necessárias para sabotá-la, Rogue One também resgata o lado místico da Força, energia que permeia o universo de Star Wars.

Felicity Jones, que vive Jyn Erso, filha do homem responsável pela construção da Estrela da Morte, representa uma jovem que tenta sobreviver sem tomar partido na disputa entre Império e Aliança Rebelde – até que a chance de rever seu pai a convence de trabalhar, mesmo que temporariamente, com os rebeldes. Um desses rebeldes é o personagem de Diego Luna, responsável por mostrar aos espectadores outro aspecto inédito dos rebeldes, no cinema: não se trata de uma luta entre bandidos e mocinhos, já que como soldado da Aliança, o personagem de Luna praticou vários atos de moral questionável, tudo em nome da força rebelde. Entre batalhas aéreas espetaculares, ressurgimentos polêmicos de velhos personagens através de CGI e diversos easter eggs para os fãs, o saldo final de Rogue One é positivo. Por mais que um melhor desenvolvimento de personagens – como as motivações de Jyn – fique faltando, por ter mostrado que a franquia ainda tem fôlego para novas histórias, mesmo depois de quase 40 anos, Rogue One é uma peça fundamental nessa nova fase de Star Wars.