Mulher Maravilha

Por Nicole Roth

É inevitável: a principal sensação, quando rolam os créditos finais de Mulher Maravilha, é alívio. Finalmente, o universo cinematográfico da DC conseguiu produzir um filme verdadeiramente bom. Mulher Maravilha, embora não seja um filme perfeito, chega para mostrar que ainda há esperança para quem quer ver a Liga da Justiça nos cinemas.

A principal fonte desse otimismo, é, sem dúvida, Gal Gadot, que interpreta Diana Prince, a Mulher Maravilha. Gadot traz um carisma essencial para o longa. É impossível não sorrir ao ver ela em ação em tela, ou durante os diálogos mais cômicos com Chris Pine, o soldado americano que, durante a Primeira Guerra Mundial, surge em Themyscira, a ilha das Amazonas, para desequilibrar os anos de paz que as mitológicas guerreiras desfrutavam. Diana, princesa das Amazonas, decide que não pode ficar parada enquanto há uma guerra acontecendo no resto do mundo, e parte em uma missão que ela acredita que deve terminar com a morte de Ares, Deus da Guerra, e lendário inimigo das Amazonas.

Embora pudesse ter sido mais longa, a introdução que o filme faz das Amazonas, de sua criação por parte de Zeus e da vida na ilha de Themyscira é eficiente e nos apresenta a vários pontos cruciais da mitologia da personagem. Serve também para vermos Robin Wright, hoje conhecida como Claire Underwood em House of Cards, como uma general amazona – que poderia ter sido melhor aproveitada. A transição de Diana para aquilo que as Amazonas chamam de “mundo dos homens” é divertida, assim como a formação da camaradagem entre Diana e o pequeno grupo de desajustados que vão tentar salvar o dia, em à Grande Guerra.

O pior que pode ser dito sobre o longa é que seu confronto final acaba desapontando. Com um pouco de suspensão de descrença, é possível acreditar nos atos maravilhosos de Diana Prince ao longo do filme – o que incomoda na luta final é o velho problema da DC, que falha em retratar de forma satisfatória uma luta grandiosa entre seus personagens.