Nos veículos | Sapiranguense usa cédulas que diminuem o consumo de gasolina
Ultimamente, vale de tudo para diminuir os gastos com a gasolina. O engenheiro Thomas Soares, 50 anos, pesquisa desde 2005 sobre fontes de energias alternativas e hoje possui um dos chamados “carros hidrogenados”: ele usa uma célula geradora de hidrogênio HHO, que reduz não só o consumo de gasolina do veículo mas também a poluição normalmente gerada por ele.
“Esta versão de células que a maioria usa atualmente é do tipo que faz eletrólise por ‘força bruta’. Ou seja, se aplicam alguns amperes de corrente elétrica em uma conjunto de placas e com isso são gerados os gases O2, H2 e HHO. Essa mistura é injetada na entrada de ar do motor de modo a agir como um catalizador na queima de qualquer combustível hidrocarboneto”, explica Thomas.
Ele conta que o veículo já foi inclusive vistoriado pelo DETRAN. “O meu carro laboratório me foi doado por meu irmão. Quando fiz a passagem dele para o meu nome, o carro foi vistoriado duas vezes pelo DETRAN de Sapiranga. Na ocasião, fiz questão de explicar para eles do que se tratava e não foram feitas quaisquer restrições nas vistorias”, comenta. “Como não existe uma lei que explicitamente proíba o uso dessa tecnologia em veículo, podemos usá-la sem problema. Um de meus objetivos é que nossos governos aceitem que essa tecnologia existe, que ela é útil e que passe a regulamentar o seu uso”, diz Thomas.
Ideia de sapiranguense é tornar a tecnologia popular
Thomas é natural de Porto Alegre, porém mora em Sapiranga há quase oito anos. Engenheiro de formação, o empresário busca juntar pessoas que estejam interessadas nesse tipo de tecnologia. “Por pura casualidade já encontrei três pessoas em Sapiranga que fazem pesquisas sobre o assunto. Estou interessado em ajudar a criar um ambiente ou ecossistema ou comunidade em torno do assunto em Sapiranga, de modo que eventualmente possamos ter na cidade várias oficinas habilitadas a instalar e configurar kits HHO em qualquer tipo de motor de combustão interna, e talvez até fabricar as células localmente”, diz. Thomas explica que o processo em si, uma vez adquirido o kit de células, não é demorado. “Com uma oficina mecânica que já tenha prática em executar esse tipo de instalação, é uma questão de 3 a 4 horas.” Ele também dá dicas: “O mais importante para obter economia de combustível é “enganar” a injeção eletrônica do veículo. As montadoras sabem sobre o assunto e fazem com que as injeções “aprendam” sobre novos combustíveis, forçando o motor a ter o desempenho determinado pelo fabricante. O ideal é ter acesso a um especialista em injeção eletrônica, que construa um novo modelo de como manipular uma injeção que nos deixe obter o máximo desempenho oferecido pelo gás HHO”. Quem tiver interesse, pode contatar Thomas através do telefone (51) 92567197.
Economia de gasolina
O uso da cédula não quer dizer que Thomas não utilize gasolina. “No futuro talvez teremos carros movidos somente a água. Com essa tecnologia, o que consigo é fazer, por exemplo, 20 km por litro no carro, e abastecer o veículo com menos frequência do que o normal”.
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