Aplicativo orienta cidadãos sobre casos de ataques de animais peçonhentos

Auxílio | App gratuito ajuda a prevenir ataques e dá instruções no caso de acidentes

Verão é sinônimo de praia e férias para a maioria da população. Porém, a chegada da estação mais quente do ano também significa que a população precisa ficar alerta, segundo o Centro de Informação Toxicológica (CIT/RS): é durante o verão que ocorrem a maioria dos ataques de animais peçonhentos – como cobras e ararcnídeos. Pensando nisso, o CIT/RS criou o aplicativo “Animais Peçonhentos – Rio Grande do Sul”. Disponível para iPhone e Android, o aplicativo é gratuito e tem o objetivo de prestar informações para o público em geral, servindo de auxílio na identificação dos principais animais peçonhentos e venenosos existentes no estado do RS.

O app orienta a população também a respeito de medidas de prevenção a acidentes e dá informações gerais sobre soros antivenenos. Na descrição do aplicativo, o CIT/RS faz questão de salientar que a ferramenta não substitui a atuação dos profissionais de saúde, que são treinados para realizarem atendimentos de acidentes com animais desse tipo. Inclusive, através de informações do GPS dos aparelhos móveis, o aplicativo indica ainda a localização da unidade hospitalar mais próxima que possua soro antiveneno, para que o atendimento possa ocorrer em menos tempo.

Aumento de acidentes durante o verão

Segundo o Ministério da Saúde, o Rio Grande do Sul é um dos estados brasileiros com maior registro de exposições tóxicas. Nos últimos dez anos (de 2005 a 2014), o Centro de Informações Toxicológicas atendeu a cerca de 60 mil acidentes com animais peçonhentos. Grande parte desses acidentes, alerta o CIT/RS, ocorrem durante o verão.

Os acidentes causados por serpentes peçonhentas ocorrem principalmente em zona rural, sendo comuns no Rio Grande do Sul os acidentes com as jararacas e cruzeiras. Na zona urbana predominam, com aproximadamente 70% dos casos, os acidentes causados por aracnídeos, ou seja, aranhas e escorpiões. Algumas aranhas, como a aranha marrom, escondem-se em armários, frestas, marcos de portas e janelas, o que acaba causando acidentes bastante graves. Já os escorpiões, por serem animais que se alimentam de pequenos insetos, entre eles as baratas, têm tido um aumento significativo no número de acidentes causados por eles – principalmente com o escorpião amarelo, pois no ano de 2015 o número de casos envolvendo o animal triplicou em relação aos dois últimos anos.

Com o aplicativo, o CIT/RS espera diminuir o tempo entre o acidente e o atendimento do paciente, pois em 38% dos casos o tempo entre o acidente e o primeiro atendimento médico foi de seis horas ou mais (média envolvendo todos os acidentes entre os anos de 2005 a 2014). Isso significa que em mais de 21 mil casos o atendimento ocorreu tardiamente conforme preconizado pelos protocolos de atendimento do Ministério da Saúde.

CIT/RS tem plantão permantente

O CIT/RS mantém um plantão 24h, com uma equipe treinada, que pode ser acessado, de qualquer lugar do RS, gratuitamente pelo telefone 0800-721-300.