Araricá – Desde a manhã de segunda-feira, dia 27, os agentes da Polícia Civil de Sapiranga, coordenados pelo delegado Fernando Branco, buscam imagens, depoimentos e demais materiais que possam esclarecer o atropelamento com morte registrado na noite de domingo, dia 26, às margens da RS-239, em Araricá. Por volta das 20h30, o pedestre Mauro Roni Hartmann, de 53 anos, foi atropelado e teve o corpo arrastado, morrendo no local. Antes do choque, ele empurrava uma bicicleta e o carrinho com sua neta de dois aninhos. Ele conseguiu empurrar o carrinho e evitar que a neta também fosse atropelada. Ela sobreviveu sem ferimentos.
A cerca de um quilômetro do choque, os policiais rodoviários flagraram a caminhonete com a frente destruída. O motorista foi preso e encaminhado para a delegacia de polícia de Novo Hamburgo. Em depoimento, confessou ter ingerido de três a quatro cervejas e se negou a realizar o teste do bafômetro. Então, foi autuado em flagrante pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor. Antes do acidente, a PRE recebeu ligações de que no trecho ocorria um racha entre dois veículos e, pouco tempo depois, novas ligações informaram do acidente fatal. Em depoimento, o motorista negou que fazia racha. Nesta terça-feira, a justiça decretou a liberdade provisória do acusado, que precisou pagar R$ 7 mil de fiança, perdeu o direito de dirigir e precisa ficar à disposição da justiça.
DELEGACIA SOLICITARÁ MAIS PERÍCIAS
No primeiro dia de investigação, os policiais tiveram acesso a imagens de uma câmera de monitoramento que flagra o exato momento do choque. A vítima é atingida, arrastada e o motorista não para. “A questão principal com base no vídeo, não dá para identificar ninguém, mas dá para analisar a dinâmica dos fatos. A questão do racha fica prejudicada porque se olhar, o segundo carro passa quatro segundos depois, que não incompatível com o trânsito existente na rodovia, naquele horário”, explica o delegado Branco. “Tudo será analisado até o final do inquérito com base nas provas, mas, num primeiro momento, o racha fica descartado”. Além do uso do álcool, a polícia também buscará saber a velocidade que o motorista dirigia. “Vamos solicitar ao IGP uma medição no local com base nesse vídeo, o tempo que tudo ocorre, e nos deem a velocidade aproximada que ele transitava. Isso pode levar a outro elemento em consideração no inquérito”.